Lançado em Acesso Antecipado para PC, Deadzone: Rogue é um FPS roguelike desenvolvido pela Prophecy Games que aposta em uma mistura de tiroteiro, progressão e ambientação espacial. Com visuais atmosféricos, jogabilidade fluida, o jogo já mostra personalidade o suficiente para se destacar mesmo em uma fase inicial de acesso antecipado.
História
Você acorda sem memórias dentro de uma estação espacial abandonada, cercado por máquinas hostis e criaturas deformadas. O cenário é misterioso e silencioso, com restos de destruição indicando que algo terrível aconteceu ali. A narrativa se desenrola por meio de registros de texto e áudio espalhados pelas fases, além de detalhes visuais no ambiente. Tudo isso ajuda a construir o pano de fundo de forma fragmentada, incentivando a curiosidade do jogador.
Apesar da ambientação funcionar bem, há uma disparidade clara entre as zonas. Enquanto a primeira apresenta uma introdução fraca, com inimigos simples e pouca construção narrativa, a segunda zona dá um salto de qualidade, oferecendo revelações mais interessantes e inimigos com mecânicas diferenciadas.
Gameplay
A gameplay é o ponto mais forte do jogo. O combate é rápido, preciso e recompensador. O movimento é fluido, com direito a pulo duplo, dash e uma corrida que funciona como um impulso rápido. Mesmo quem torcer o nariz no começo, logo percebe que é uma mecânica útil para reposicionamento em meio ao tiroteio.
A variedade de armas cobre os principais estilos de combate, e o sistema de progressão permite criar builds bem variadas. A cada nova tentativa, o jogador escolhe um Augment inicial que define o estilo da run, podendo complementar com perks primários e secundários que alteram as características da arma e das habilidades. Apesar da aleatoriedade, com algum conhecimento do sistema é possível montar composições eficientes com diferentes estilos de jogo.
O jogo é dividido em zonas com até 30 ondas de inimigos, exigindo estratégia, mira afiada e domínio dos recursos. Entre as partidas, você retorna à área central da nave, onde pode investir os recursos acumulados em melhorias permanentes. Essa área também serve como um momento de respiro, com vista para a Terra e um clima mais tranquilo.
Além das missões principais, há desafios que testam sua habilidade com armas específicas, incentivando o jogador a sair da sua zona de conforto. O modo cooperativo também está presente e funciona bem, embora ainda limitado. A cooperação entre jogadores abre espaço para estratégias mais avançadas, especialmente quando combinada com as habilidades de bots aliados que podem ser invocados em certas builds.
Gráficos e Áudio
Deadzone: Rogue entrega um visual funcional com uma boa direção artística. A estação espacial é escura e claustrofóbica, remetendo ao clima de jogos como Dead Space e Alien. Já os momentos de tranquilidade no lobby contrastam com esse clima tenso, oferecendo um bom equilíbrio.
O áudio cumpre bem o papel, com efeitos sólidos e música ambiente eficaz. A dublagem, no entanto, carece em alguns momentos.
Conclusão
Mesmo em Acesso Antecipado, Deadzone: Rogue já se destaca como uma opção interessante para fãs de roguelike e FPS. O sistema de progressão é bom, o combate é fluido e a ambientação prende a atenção. Há o que melhorar, especialmente na introdução da história e na variedade de conteúdo inicial, mas a base é sólida e promissora.
Com atualizações frequentes, o jogo deve continuar crescendo e se consolidar como um dos bons representantes do gênero nos próximos meses. Se você busca tiroteios intensos, estratégia e um bom desafio espacial, vale a pena acompanhar a evolução.
