Review: Blades of Fire

Blades of Fire é um daqueles jogos que chamam atenção logo de cara pela proposta diferente. Em vez de apenas empunhar armas, aqui você as cria. Com elementos de RPG, ação e um toque de soulslike, o jogo aposta em um sistema de combate técnico e uma mecânica de forja cheia de detalhes. Mas será que essa mistura funciona bem do começo ao fim?

História

Em um mundo onde todo o metal foi transformado em pedra pela magia de uma Rainha, Aran é o único capaz de forjar armas. Após atender a um pedido de ajuda, ele recebe o martelo dos Forjadores, divindades que participaram da criação do mundo. Com esse poder em mãos, Aran embarca em uma jornada para restaurar o equilíbrio, enfrentando inimigos com fraquezas específicas e explorando ruínas de um mundo em colapso.

O jogo começa com uma boa premissa, mas logo a narrativa mostra certa rigidez. Falta um chamado à aventura mais bem construído ao longo das horas, e a proposta inicial se mantém firme demais, enquanto desviamos constantemente para resolver arcos menores. Isso faz parecer que tudo no caminho é um mar de side quests, o que acaba tirando um pouco da força da história principal.

Gameplay

Logo nos primeiros minutos o jogo apresenta diversas mecânicas que se tornam essenciais durante toda a jornada. O combate lembra títulos soulslike em alguns aspectos, como o ritmo mais metódico e a importância de ler os movimentos do inimigo, mas Blades of Fire consegue criar uma identidade própria com seu foco em dois elementos principais: tipos de dano e direção dos ataques. Os três tipos de dano são corte, perfuração e impacto, e cada inimigo tem vulnerabilidades específicas, exigindo que o jogador varie suas armas ou adapte sua abordagem para cada tipo de ameaça. Além disso, há quatro tipos de golpe: ataques horizontais da direita e da esquerda, e ataques verticais de cima e de baixo. Esses movimentos influenciam diretamente a forma como os inimigos reagem, já que muitos têm armaduras posicionadas estrategicamente, deixando certas áreas mais expostas que outras.

Outro ponto que merece destaque é a forja. Aran não apenas empunha armas, ele as cria. O processo de fabricação acontece em uma dimensão própria dos Forjadores, onde o jogador pode personalizar praticamente todos os aspectos da arma: tipo, material, tamanho da lâmina, peso, equilíbrio, cabo e até o ponto de reforço. Cada escolha influencia diretamente no desempenho em combate. Um material mais leve, por exemplo, garante agilidade, mas oferece menor resistência. Já uma lâmina pesada causa mais dano, mas exige mais preparo e pode ser lenta. A durabilidade das armas é separada por áreas específicas, como o fio da lâmina e a ponta, fazendo com que o desgaste seja gradual e tático. O desempenho durante a forja também influencia quantas vezes a arma poderá ser restaurada antes de quebrar de vez.

O jogo ainda oferece uma progressão de habilidades simples, com pontos que podem ser investidos em atributos como força, resistência, precisão e velocidade de forja. Também é possível desbloquear estilos de ataque e combinações especiais, o que ajuda a aprofundar o combate ao longo da campanha. No entanto, em algumas áreas mais abertas, a inteligência artificial deixa a desejar e certos inimigos podem ser facilmente ignorados, criando momentos em que correr é mais eficiente do que lutar. Isso acaba prejudicando o ritmo em alguns trechos.

Gráficos e Trilha Sonora

O jogo não aposta em gráficos de última geração, mas a direção artística tem seu charme. Apesar de simples, o estilo visual agrada dentro da proposta. A trilha sonora, por outro lado, é pouco marcante e raramente se destaca durante a jornada. Funciona como pano de fundo, mas não ajuda a criar momentos memoráveis.

Conclusão

Blades of Fire não é um dos grandes destaques do ano, mas também não decepciona. Conta com boas ideias no sistema de combate e uma proposta interessante com a forja, mesmo que falhe em entregar uma narrativa mais bem construída. Ainda assim, vale a pena dar uma chance, principalmente para quem gosta de personalizar suas armas e enfrentar inimigos com fraquezas específicas.

Blades of Fire

Historia - 6.5
Gameplay - 7
Gráficos - 7
Áudio e trilha-sonora - 6.6

6.8

Legal

Blades of Fire tem boas ideias no sistema de combate e na forja de armas, mas tropeça na narrativa e em momentos onde fugir é mais eficiente que lutar. Ainda assim, entrega uma experiência sólida que vale a chance.

Mostrar mais
Inscrever-se
Notificar de
0 Comentários
mais recentes
mais antigos Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Botão Voltar ao topo
Privacy Overview
Aigis

Estamos usando Cookies para lhe trazer uma experiência melhor e coletar alguns dados que ajudam a manter o Website no ar.

Cookies Necessarios

Estamos usando Cookies para lhe trazer uma experiência melhor e coletar alguns dados que ajudam a manter o Website no ar.