Review: Call of Duty: Black Ops 6

Call of Duty: Black Ops 6 chega para expandir a franquia com novas inovações e um retorno a elementos clássicos que os fãs tanto amam. O título não só refina a gameplay, mas também apresenta uma história boa, onde decisões do jogador impactam a narrativa. Com uma combinação de novas habilidades, mapas dinâmicos, um modo zumbi repaginado. Black Ops 6 se firma como um dos jogos mais completos da série. Vamos explorar o que há de novo e o que os veteranos podem esperar dessa nova aventura.

História

A campanha de Black Ops 6 se passa no início dos anos 90, durante a Guerra do Golfo, e dá continuidade direta à narrativa de Black Ops Cold War. O protagonista, Woods que agora se encontra em uma cadeira de rodas, e sua equipe, que inclui novos e antigos personagens como Troy Marshall e Russell Adler, se vê envolvida em uma trama onde uma organização clandestina infiltra a CIA. Após uma missão fracassada no Kuwait, o grupo é suspenso, mas isso não impede nossos heróis de lutar nas sombras para descobrir a verdade.

Algo que chama atenção logo de cara é o retorno do hub, uma mecânica introduzida em Cold War, onde os jogadores podem explorar a base secreta do KGB, chamada “A Torre”. Essa área funciona como um ponto de encontro entre as missões, permitindo que você interaja com seus aliados e até realize melhorias.

A campanha de Black Ops 6 também traz de volta algo que muitos fãs sentiram falta: uma conexão com os personagens. A possibilidade de interagir com os aliados entre as missões e aprofundar suas histórias através de diálogos opcionais traz um nível de profundidade raro na série. Essas interações fazem com que o jogador se importe mais com o destino dos personagens, tornando os momentos dramáticos da campanha ainda mais impactantes.

Gameplay

Em termos de gameplay, Black Ops 6 segue a fórmula tradicional da série, mas com melhorias significativas, incluindo novos movimentos e mecânicas. Uma das maiores inovações é a habilidade Omni, que oferece novas possibilidades de estratégia. A Omnimovement permite ao jogador realizar movimentos em todas as direções, proporcionando uma maior liberdade de ação. Isso possibilita manobras criativas no ambiente, como flanquear inimigos ou escapar rapidamente, dando ao jogador mais controle sobre suas decisões em combate.

A grande diversidade de missões é boa, ao contrário de Modern Warfare 3 (de 2023), onde a estrutura das missões parecia rasa, Black Ops 6 entrega missões com tempo de execução mais longo, algumas até ultrapassando uma hora. Cada missão se sente como uma parte essencial da história, com design bem elaborado e bastante imersivo. As missões vão de infiltrações em festas luxuosas até tiroteios intensos em cassinos, sempre com boa dose de liberdade para o jogador escolher como enfrentar os desafios.

Outro ponto positivo que me surpreendeu foi a melhoria na inteligência artificial dos inimigos. O jogo exige um pouco mais do jogador, com inimigos mais desafiadores e táticos. Não é nada revolucionário, mas já é ótimo ver que os inimigos estão ao menos tentando te matar de verdade.

O modo Zumbi, retorna em Black Ops 6 com duas modalidades. O Modo Clássico mantém a tradicional fórmula de ondas intermináveis de zumbis, onde os jogadores devem sobreviver e lutar para alcançar o maior número de rounds possível. Este modo desafia a resistência, exigindo grande habilidade e uma estratégia sólida para sobreviver às hordas de mortos-vivos.

Já o Modo Direcionado oferece uma abordagem mais acessível e focada no objetivo: completar o easter egg do mapa sem se preocupar com a pressão das ondas de zumbis. Esse modo permite que os jogadores foquem diretamente nas missões e puzzles que desbloqueiam a história do mapa, sem a necessidade de enfrentar hordas intermináveis. Para os jogadores que preferem uma experiência mais tranquila, o Modo Direcionado é a escolha ideal.

Gráficos

No quesito gráfico, Black Ops 6 mantém o padrão de alta qualidade que a série já estabeleceu nos títulos mais recentes. Os cenários são detalhados, com uma iluminação que brilha especialmente durante os momentos noturnos e cenas mais tensas. A modelagem dos personagens e dos ambientes é impressionante, garantindo uma experiência visual imersiva que faz o jogador se sentir dentro da ação.

Entretanto, algumas animações dos personagens deixam a desejar em certos momentos. Embora o jogo seja visualmente impactante, há situações em que as transições e os movimentos dos personagens não parecem tão polidos quanto o resto do design gráfico.

Conclusão

Call of Duty: Black Ops 6 é uma experiência sólida e inovadora, trazendo novas mecânicas e um modo Zumbi que agradará tanto aos fãs dos títulos clássicos da série quanto aos novatos. A habilidade Omni adiciona uma camada extra à gameplay, desde os mais agressivos até os mais táticos. A campanha entrega uma das melhores experiências da franquia nos últimos anos, com missões ambiciosas e uma narrativa interessante. Já o modo Zumbi, com suas duas modalidades Clássico e Direcionado, oferece opções para todos os tipos de jogadores, seja para quem busca um desafio constante ou para quem prefere focar nos easter eggs sem a pressão das ondas.

Se você é fã da série, Black Ops 6 é uma jogada obrigatória, e mesmo para novatos, o jogo oferece uma experiência acessível e empolgante, com desafios que valem cada momento investido.

Call of Duty: Black Ops 6

Historia - 8
Gameplay - 8.8
Gráficos - 8.8
Áudio e trilha-sonora - 8.2

8.5

Muito Bom

Call of Duty: Black Ops 6 traz uma campanha sólida com missões variadas e uma história conectada a Black Ops Cold War. A jogabilidade mantém o estilo clássico, mas adiciona novos movimentos e melhorias. O modo Zumbi retorna com duas opções: o clássico de hordas e um modo focado no easter egg e apesar de algumas animações serem abaixo do esperado, o jogo entrega uma boa experiência para fãs e novatos.

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