Review: Capcom Fighting Collection 2

Capcom Fighting Collection 2 é mais uma iniciativa da gigante Capcom para preservar parte de seu acervo clássico, dessa vez voltado a jogos de luta que marcaram época dos arcades e do Dreamcast. Lançado em 16 de maio de 2025 para diversas plataformas, esta coletânea resgata oito títulos que até então estavam inacessíveis em sistemas modernos, e alguns deles que nunca haviam sido relançados oficialmente. Mas será que ela cumpre bem esse papel de preservação? Vamos aos detalhes.

Proposta

A proposta da Capcom aqui é clara: reunir títulos marcantes que ficaram presos no tempo, atualizar a parte técnica e dar uma sobrevida aos jogos com recursos modernos. A coletânea inclui:

  • Capcom vs. SNK: Millennium Fight 2000 Pro
  • Capcom vs. SNK 2: Mark of the Millennium 2001
  • Capcom Fighting Evolution
  • Street Fighter Alpha 3 UPPER
  • Plasma Sword: Nightmare of Bilstein
  • Power Stone
  • Power Stone 2
  • Project Justice

Títulos como Plasma Sword e Project Justice, até então restritos ao Dreamcast e aos arcades, e são os grandes destaques aqui em termos de preservação. Além disso, mesmo os jogos portados anteriormente, como os Power Stone, estavam limitados a plataformas que já foram descontinuadas como o PSP.

Gameplay

A variedade de estilos é um dos grandes trunfos da coletânea. Ela traz desde jogos técnicos e consagrados da era 2D até títulos em 3D e combates em arena mais casuais, agradando desde os jogadores mais competitivos até quem busca somente diversão local ou online com os amigos.

Nos jogos 2D, temos ambos os Capcom vs. SNK, Capcom Fighting Evolution e Street Fighter Alpha 3 UPPER. Os Capcom vs. SNK e o Fighting Evolution ainda apresentam problemas de balanceamento entre os personagens, algo já conhecido das versões originais. Capcom Fighting Evolution, aliás, continua sendo o ponto mais fraco da coletânea, com escolhas questionáveis de elenco e estilos. Por outro lado, Street Fighter Alpha 3 UPPER é o destaque desse grupo, oferecendo um bom nível de balanceamento, e uma jogabilidade sólida que ainda funciona muito bem atualmente.

Já nos 3D, Power Stone, Plasma Sword e Project Justice trazem um estilo de luta mais experimental e divertido. Mesmo que não sejam os jogos mais refinados da coletânea, têm um charme único, com sistemas e personagens que fogem do padrão.

Contudo, o grande destaque aqui fica por conta dos dois Power Stone, com suas batalhas em arenas abertas, cenários interativos e foco no multiplayer. São jogos mais acessíveis e caóticos, perfeitos para sessões casuais com amigos. No entanto, vale destacar que a coletânea traz somente as versões arcade dos dois títulos, o que é uma pena, já que conteúdos legais presentes nas versões de Dreamcast e PSP acabaram ficando de fora. Ainda assim, é a primeira vez em anos que esses clássicos podem ser aproveitados com multiplayer local ou online.

Extras e conectividade integrada à jogabilidade

A coletânea também conta com multiplayer online com Rollback, garantindo partidas mais estáveis e responsivas mesmo com conexões de regiões diferentes. Isso é especialmente importante para os jogos mais competitivos da coleção como Street Fighter Alpha 3.

Além disso, os jogos contam com várias melhorias de qualidade de vida, como modo de treinamento mostrando hitboxes, quick save/load, personalização de comandos e até botão exclusivo para golpes especiais, facilitando a execução para jogadores mais casuais. Outro ponto legal é a inclusão de versões japonesas e americanas para todos os títulos, ampliando as opções para quem quer reviver as experiências originais.

Apesar desses pontos positivos, há algumas limitações importantes. A principal delas é a ausência de crossplay, restringindo as partidas online à mesma plataforma. Além disso, há somente um slot de salvamento, outro detalhe é que ao retomar um quick save, ele sempre carrega o início da luta em que você parou, e não exatamente o ponto exato do salvamento.

Gráficos e trilha sonora

Visualmente, a coletânea respeita os jogos originais, mas adiciona opções úteis para quem joga em TVs modernas. Há filtros de imagem que simulam monitores antigos ou suavizam os gráficos, suporte a diferentes proporções de tela, planos de fundo decorativos e a oportunidade de jogar em até 2x da resolução interna do game.

As trilhas sonoras clássicas estão todas presentes e podem ser ouvidas no modo jukebox. Além disso, há uma galeria recheada de artes conceituais, rascunhos e materiais históricos que agradam especialmente os fãs mais nostálgicos.

Conclusão

Capcom Fighting Collection 2 acerta ao resgatar títulos que estavam presos ao Dreamcast e aos arcades, reunindo uma boa variedade de estilos e franquias que marcaram época. A coletânea traz melhorias técnicas importantes, multiplayer online estável e opções que modernizam a experiência sem perder a nostalgia. Ainda assim, a falta de conteúdos extras das versões de console e a ausência de crossplay acabam pesando um pouco no conjunto. No fim das contas, é uma coletânea feita com cuidado, que vale muito a pena tanto para fãs dos jogos quanto para quem quer conhecer eles pela primeira vez.

Capcom Fighting Collection 2

Replay - 8
Gameplay - 8
Gráficos - 8
Áudio e trilha-sonora - 8

8

Muito Bom

Capcom Fighting Collection 2 resgata clássicos do Dreamcast e arcades, oferecendo uma boa variedade de estilos, melhorias técnicas e multiplayer online estável. Apesar da falta de conteúdos extras das versões de console e ausência de crossplay, a coletânea é uma excelente opção tanto para fãs antigos quanto para quem quer descobrir essas joias do passado.

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