Review: Predator: Hunting Grounds (PS5)

Lançado em 2020, Predator: Hunting Grounds trouxe a icônica franquia dos cinemas para o mundo dos games online, com uma proposta de multiplayer assimétrico que coloca equipes de soldados contra um jogador no papel do temível Predador. Com a chegada da nova geração de consoles, o game finalmente ganha versões para PS5 e Xbox Series X|S, prometendo melhorias para resolver problemas antigos e aprimorar a experiência. A fórmula permanece: um combate mortal no meio da selva. Mas será que essa caçada evoluiu o suficiente para valer a pena?

História

Apesar de não contar com uma campanha convencional, Predator: Hunting Grounds consegue capturar a essência dos filmes ao ambientar os jogadores em selvas densas e perigosas, evocando o clima do clássico de 1987. Durante as partidas, os soldados precisam cumprir tarefas como eliminar alvos ou coletar informações, enquanto tentam sobreviver ao Predador. A narrativa é apresentada de forma sutil, com colecionáveis espalhados pelo mapa que expandem o universo do game e revelam detalhes interessantes para os fãs mais dedicados.

Gameplay

A proposta de gameplayé o ponto alto do título. No formato multiplayer, uma equipe de quatro soldados realiza missões enquanto enfrenta o Predador, controlado por outro jogador. Os soldados têm uma experiência típica de FPS, com acesso a diferentes classes, armas e equipamentos, como granadas e minas. Já o Predador oferece um estilo de jogo mais variado, utilizando visão térmica para localizar alvos, habilidades de invisibilidade, parkour nas árvores e ataques brutais com armas avançadas, como lançadores de plasma e lanças retráteis.

No entanto, o balanceamento continua sendo um problema. O poder do Predador pode ser avassalador em algumas partidas, tornando os confrontos injustos e frustrantes para os soldados, que muitas vezes têm dificuldade em se defender de forma eficaz, especialmente contra jogadores experientes. Por outro lado, em algumas situações, basta um soldado com mira precisa para transformar o Predador em um alvo fácil, eliminando-o rapidamente. Essa inconsistência no equilíbrio pode tirar a diversão de alguns jogadores e afetar a experiência geral.

Gráficos/Desempenho

Embora o game tenha recebido atualizações para os consoles de nova geração, os visuais não evoluíram o bastante para acompanhar a tecnologia atual. As texturas ainda são datadas, e os gráficos não apresentam melhorias significativas em relação à versão original. Por outro lado, a ambientação continua sendo um ponto forte, transmitindo bem o clima de uma selva fechada e misteriosa. O design de som merece elogios, com efeitos impactantes e uma trilha sonora que reforça a tensão, além de uma dublagem brasileira que agrada.

Em termos de desempenho, deixa a desejar. Bugs frequentes, longos tempos de carregamento e crashes ocasionais comprometem a fluidez das partidas, o que é inaceitável em um título que deveria aproveitar o poder dos novos consoles. Esses problemas técnicos acabam prejudicando o ritmo da jogatina e podem transformar uma vitória iminente em frustração.

Conclusão

Predator: Hunting Grounds ainda oferece uma experiência interessante para os fãs do icônico caçador alienígena e para os entusiastas de games multiplayer. A ideia de recriar as caçadas nas selvas tem seu apelo, e a variedade de habilidades e equipamentos desbloqueáveis mantém o fator replay vivo. No entanto, os persistentes problemas de balanceamento e os aspectos técnicos limitam o seu potencial.

As partidas podem ser divertidas, especialmente com amigos, mas a falta de modos de jogo variados e os frequentes problemas de desempenho dificultam recomendá-lo para quem procura uma experiência mais bem polida. A transição para a nova geração representava uma oportunidade de ouro para resolver esses problemas, mas, infelizmente, a caçada ainda não atingiu o nível épico que poderia.

A review de Predator: Hunting Grounds foi realizada com uma cópia fornecida gentilmente pela Produtora.