The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom foi um dos maiores lançamentos do Nintendo Switch, conquistando fãs com seu mundo aberto denso, liberdade criativa e uma sequência à altura de Breath of the Wild. Agora, com a chegada da nova versão para o Nintendo Switch 2, o jogo recebe melhorias técnicas importantes, que tornam essa jornada ainda mais completa. Mesmo sem grandes adições de conteúdo, o refinamento visual e de desempenho já é o suficiente para justificar o retorno a Hyrule ou para experimentar essa aventura pela primeira vez da melhor forma possível.
História
Em Tears of the Kingdom, Link e Zelda exploram ruínas misteriosas sob o Castelo de Hyrule, quando uma força maligna ancestral desperta, colocando o reino em perigo. Após uma nova catástrofe, Zelda desaparece e Hyrule se transforma, revelando ilhas flutuantes no céu e um vasto mundo subterrâneo. Cabe a Link desvendar os segredos dessa ameaça para restaurar a paz.
Embora seja uma sequência direta de Breath of the Wild, o jogo pode ser aproveitado sem ter jogado o anterior, mas a experiência fica mais completa se a ordem for respeitada. A narrativa acompanha uma jornada cheia de mistérios e descobertas, que prende o jogador ao longo de suas cerca de 40 horas de história principal, sem contar as muitas horas de exploração livre.
Gameplay
A estrutura de mundo aberto continua sendo o coração da experiência. A grande novidade está no nível de liberdade que o jogador possui para resolver situações. As novas habilidades de Link são responsáveis por transformar o modo como se interage com o cenário e os desafios. Com a habilidade Ultra-mão, é possível unir objetos do ambiente para criar pontes, veículos e outras soluções criativas. Já a fusão permite combinar armas e escudos com materiais variados, criando equipamentos com efeitos únicos, desde maior resistência até bônus elementais.
A exploração ganhou ainda mais profundidade. Agora, além de explorar a terra de Hyrule, o jogador pode subir até ilhas suspensas nos céus e mergulhar nas Profundezas, um mapa escuro, perigoso e totalmente separado, que exige estratégias diferentes. Essas três camadas se conectam de forma fluida e sem telas de carregamento, permitindo experiências verticais incríveis, como pular de uma ilha no céu, atravessar Hyrule e entrar direto no subsolo.
Além disso, há novos templos, dungeons reformuladas e mais variedade em combates, quebra-cabeças e desafios de exploração. O sistema de física continua sendo um dos destaques, permitindo que quase tudo seja manipulado ou influenciado com criatividade. A combinação de exploração livre com múltiplas soluções para o mesmo obstáculo valoriza a improvisação e mantém o jogo sempre interessante. Na versão do Switch 2, toda essa liberdade criativa funciona ainda melhor. A performance mais estável e os tempos de carregamento reduzidos melhoram a fluidez da navegação e evitam interrupções, mesmo em áreas densas ou combates intensos.
Gráficos, Áudio e Desempenho
A versão para Nintendo Switch 2 apresenta melhorias técnicas importantes: agora o jogo roda a 60 FPS tanto no modo portátil quanto no dock, com resolução que pode alcançar até 4K e suporte a HDR. Isso resulta em uma experiência visual mais nítida, vibrante e fluida, que aumenta o prazer na exploração do vasto mundo de Hyrule. Além disso, os tempos de carregamento foram bastante reduzidos, tornando as transições entre locais quase instantâneas. Contudo, algumas limitações permanecem, como a distância de renderização que não foi melhorada, o que causa aparecimento repentino de objetos e texturas em algumas situações, e modelos simplórios que ficam mais aparentes com a melhora gráfica.
A trilha sonora de Tears of the Kingdom segue o estilo mais atmosférico e contemplativo que marcou a fase moderna da franquia. Ela acompanha os momentos de exploração com sutileza e ganha intensidade nas batalhas ou em pontos-chave da história. Os efeitos sonoros continuam sendo precisos e bem trabalhados, reforçando a sensação de escala e peso das ações. Um destaque nesta versão é o suporte ao Zelda Notes, que inclui memórias dubladas que enriquecem a mitologia do mundo, mesmo que o recurso funcione separadamente por um aplicativo.
Vale ou não vale?
Se você nunca jogou Tears of the Kingdom, a versão para Nintendo Switch 2 é sem dúvida a forma ideal de conhecer o jogo. A performance melhorada elimina os engasgos da versão original, os visuais estão mais nítidos e bonitos, e o tempo de carregamento foi drasticamente reduzido. Para quem já jogou no Switch original, a escolha vai depender do perfil. Quem quer revisitar a aventura com qualidade técnica muito superior encontrará aqui a experiência mais fluida e confortável. O conteúdo é o mesmo, mas com uma execução mais refinada e consistente.
Além disso, a adição do idioma português facilita o entendimento da história e dos sistemas, algo que não estava disponível no lançamento original. O aplicativo Zelda Notes, exclusivo da nova versão, oferece recursos extras como radar de memórias, conquistas, estatísticas e compartilhamento de criações. Mesmo funcionando apenas pelo celular, ele é um complemento interessante para quem quer se aprofundar ainda mais no mundo do jogo.
Conclusão
The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom já era uma das maiores experiências do Nintendo Switch, e agora se torna ainda mais impressionante no Switch 2. Com melhorias gráficas, desempenho consistente e carregamentos mais rápidos, a aventura em Hyrule se torna mais prazerosa do início ao fim. A localização em português e os recursos do aplicativo Zelda Notes completam o pacote, mesmo que algumas limitações do jogo original ainda estejam presentes. No geral, é a versão definitiva de um dos melhores títulos da franquia.
The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom
Historia - 9
Gameplay - 9.3
Gráficos - 9
Áudio e trilha-sonora - 8.5
9
Imperdível
The Legend of Zelda: Tears of the Kingdom ganha uma versão tecnicamente superior no Nintendo Switch 2, com resolução em até 4K, suporte a HDR, taxa de 60 FPS e carregamentos quase instantâneos. O jogo mantém o mesmo conteúdo da versão original, mas agora roda com muito mais fluidez e qualidade visual. A adição de localização em português e do aplicativo Zelda Notes torna a experiência ainda mais completa. Para quem nunca jogou, é a melhor forma de começar. Para quem já jogou, é uma oportunidade de revisitar Hyrule com uma performance finalmente à altura da grandiosidade da aventura.
