Review: Like a Dragon Gaiden

Após Like a Dragon 7, que gerou uma grande divisão de opiniões devido às mudanças na gameplay, Like a Dragon Gaiden retorna às origens com nosso querido Kiryu, trazendo de volta o estilo clássico de franquia. No entanto, será que Gaiden consegue manter a nome que nosso protagonista conquistou ao longo de seis jogos? Descubra mais na nossa review de Like a Dragon Gaiden.

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Historia

APAGUE SEU PASSADO PARA PROTEGER SEU FUTURO Certa vez um yakuza lendário, Kazuma Kiryu forjou a própria morte e abandonou seu nome para proteger sua família. Agora, ele é levado a um conflito por uma figura misteriosa que tenta obrigá-lo a se revelar.

Like a Dragon Gaiden se passa logo após os eventos de Yakuza 6, antes e durante Yakuza 7, e basicamente serve como uma transição de protagonistas de Kiryu para nosso querido Ichiban. Para evitar spoilers para futuros jogadores, resumirei brevemente alguns momentos da história. A trama de Gaiden começa logo após o final de Yakuza 6, quando nosso protagonista se junta à facção Daidoji sob o nome “Joryu” e sendo obrigado a realizar missões para proteger aqueles que ama enquanto permanece escondido. Embora a história seja relativamente curta, por ser basicamente o ato final de Kiryu como protagonista, ela apresenta uma trama sólida com reviravoltas, cenas de ação emocionantes e algumas das cenas mais impressionantes já vistas com um personagem durão. E para mim, possuindo um dos finais mais impactantes e emocionantes da franquia.

Sobretudo, o maior problema de Gaiden é que ele é um spin-off do jogo principal, e como ele se passa após o sexto jogo da franquia. Gaiden pode ser um jogo muito difícil para um jogador que nunca jogou um yakuza antes entender todas as decisões de Kiryu durante a trama de Gaiden.

Vale ressaltar que o jogo está todo localizado para português desde o lançamento, diferente de Yakuza 7: Like a Dragon, que recebeu um patch de tradução depois. E devo dizer que trabalho dos tradutores está digno de elogios, adaptando bem os diálogos, proporcionando momentos engraçados e memoráveis.

Gameplay

Voltando às raízes, Like a Dragon Gaiden volta com o estilo beat’em up. Kiryu pode usar dois estilos de combate diferentes: Yakuza e Agente. No modo Yakuza, o Dragão de Dojima retorna com o moveset de Kiwami 2, enquanto o modo Agente se destaca por golpes rápidos e técnicos, além de uma série de apetrechos tecnológicos malucos que tornam o combate ainda mais dinâmico. No modo Agente, Kiryu pode usar a Aranha para prender inimigos, puxá-los ou lançá-los longe, a Vespa para chamar drones para auxiliar em combate, a Serpente para se fugir rapidamente dos inimigos ou atropelá-los, e o Vaga-Lume, um cigarro falso explosivo.

Ambos os estilos têm suas habilidades próprias e Heat Actions, com destaque para as do modo Agente. Também é possível adquirir novas técnicas e dar upgrade nas adquiridas, embora algumas delas sejam caras, investir nelas faz toda a diferença durante os combates.

Como em todo jogo Yakuza, há uma variedade de atividades secundárias, desde jogar majong até participar de uma rede de serviços em Sotenbori, conhecida como a Rede Akame. A Akame é uma rede de informações de Sotenbori, onde você pode realizar missões paralelas com o Mapa de Suporte, incluindo tarefas como entregar itens ou dar uma lição em bandidos. Na rede Akame, também é possível adquirir investimentos que melhoram os drops de dinheiro em combate, itens nas lojas, pontos Akame e muito mais.

Castle

A Akame também serve como um guia para o Castle (navio-contêiner), que é um local de entretenimento do submundo do jogo. Lá, você encontrará jogos de cassino clássicos, como poker, blackjack, koi-koi e oicho-kabu. Nele você também encontrará a Boutique, uma loja que não só permite a compra de equipamentos extremamente poderosos, mas também apresenta opções de criação de visuais, onde é possível personalizar as roupas de Kiryu. Embora seja uma adição interessante, as mudanças de roupas não afeta a gameplay e serve somente como cosmético. A grande atração, no entanto, fica por conta do Coliseu, um lugar onde os lutadores mais fortes buscam desafios. Além das lutas individuais, você também terá a oportunidade de participar das “Brigas Infernais”, que consiste em enfrentar uma horda de inimigos com Kiryu.

No Coliseu, você encontrará um sistema semelhante ao “Cla Creator”, como visto em Kiwami 2 e Yakuza 6. Nele, é possível recrutar diversos lutadores para o Cla Joryu e treiná-los para que fiquem mais fortes e desenvolvam um vínculo mais forte com Kiryu. Cada membro recrutado, possui uma habilidade especial e montar uma equipe sólida permitirá desafiar outros clãs para batalhas gloriosas. Contudo, diferente dos outros jogos, em Gaiden, Kiryu entra na briga ao lado dos demais membros do clã. Além disso, no modo Coliseu, também é possível utilizar qualquer personagem recrutado para lutar, permitindo maior flexibilidade nas lutas.

Além disso, Gaiden também possui um cabaré no Castle e em Sotenbori, que oferece uma experiência em 4K para esse minigame. Eu não vou entrar em muitos detalhes sobre o minigame do cabaré, pois ele pode ser até meio desconfortável em alguns momentos. Mas resumidamente, o mini game foi simplificado em relação aos outros jogos e envolve escolher um tema de diálogo e escolher a opção correta para conquistar a garota escolhida.

O jogo também possui um modo de autorama mais completo em relação aos jogos anteriores, com diversas pistas e a opção de criar sua própria pista.

As missões secundárias, embora em menor quantidade em comparação com outros jogos da franquia, são bem feitas e cheias de humor, possuindo até referências de outros jogos da desenvolvedora. Elas também são responsáveis por recrutar a maioria dos lutadores usados no Castle, mas podem parecer repetitivas. Já que muitas delas têm o mesmo desfecho final de ingressar no Cla Joryu.

Like a Dragon Gaiden não inclui um modo New Game+ ou a dificuldade Legend e para os jogadores com dificuldades em jogos beat’em up, a opção fácil oferece uma assistência de combate. Onde basta pressionar o botão quadrado para gerar um combo automático, que pode ser desativado a qualquer momento.

Gráficos e Áudio

Gaiden traz novamente a famosa Dragon Engine, a desenvolvedora utilizou anteriormente a Unreal Engine 5 em Like a Dragon Ishin. E por incrível que pareca Sotenbori é bonita e cheia de vida com detalhes e propagandas da vida real e apresentando basicamente o japão cheio de detalhes no mapa. A trilha sonora é boa, principalmente durante os momentos de ação, trazendo a dose de adrenalina ideal para o game durante os combates e de melanconia durante as cenas tristes.

Conclusão

Like a Dragon Gaiden é basicamente um presente para os fans da franquia similarmente ao Yakuza 0, e ele chega com o pé direto no final de 2023. Sendo um título altamente recomendado para os fans de Yakuza, para os jogadores que ainda pensam em embarcar no universo é mais recomendado jogar os outros jogos primeiros para ter um peso maior no game. Sobretudo mesmo sendo um jogo mais curto e sendo desenvolvido em um tempo impressionante (6 meses). Gaiden possui uma narrativa super madura, possuindo uma boa quantidade de, contudo extra e uma gameplay bem legal no qual a Ryu Ga Gotoku souber manter ao longo dos anos.

Like a Dragon Gaiden chega em 8 de novembro para PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One, Xbox Series, PC via Steam e Xbox Game Pass.

A review de Like a Dragon Gaiden foi realizada no PlayStation 5, com uma cópia do jogo cedida gentilmente pela produtora.

Like a Dragon Gaiden

Historia - 8.6
Gameplay - 8.5
Gráficos - 8.4
Áudio e trilha-sonora - 8.5

8.5

Bom

Like a Dragon Gaiden é um spin-off que oferece ação clássica e uma narrativa emocionante. Esta jornada é repleta de reviravoltas e momentos intensos, perfeita para fãs que desejam reviver momentos como Kiryu. Contudo, mesmo sendo um spin-off, o game é mais recomendado para os fãs de longa data da série.

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