Review: The Division 2: Battle for Brooklyn

Battle for Brooklyn coloca de volta os jogadores onde tudo começou. A expansão aposta na nostalgia e mantém a fórmula que consagrou The Division 2. A ação continua afiada, o conteúdo pós-campanha rende bons momentos de jogatina, e mesmo sem grandes novidades, o pacote ainda entrega valor para quem curte o estilo da série.

História

A campanha se passa em Brooklyn e serve como ponto de partida para uma nova ameaça que envolve uma substância perigosa capaz de reduzir sua armadura máxima durante o combate. Com cerca de oito missões principais e duração média entre 8 e 10 horas, a história cumpre seu papel de movimentar o jogador pelo novo mapa, mas não oferece grandes surpresas. Personagens conhecidos reaparecem ao longo da trama, mas sem impacto narrativo significativo. No fim, o foco continua sendo a ação e a progressão, mais do que a construção de uma narrativa envolvente.

É o tipo de história que serve mais como pano de fundo para a ação do que como algo que vá marcar o jogador. A progressão é direta, sem muito tempo para respiros ou desenvolvimento, o que acaba fazendo com que a campanha funcione bem como introdução para o conteúdo pós-game.

Gameplay

Battle for Brooklyn mantém a jogabilidade afiada que fez The Division 2 se destacar. O sistema de cobertura, o tiroteio em terceira pessoa e a construção de builds continuam sólidos. A ação é constante, com missões que seguem o velho esquema de avançar, limpar áreas hostis e enfrentar chefes, tudo funcionando bem, mesmo sem surpresas. Algumas missões se destacam, como a Refinaria, que exige movimentação em meio à fumaça densa, e a batalha contra a Rainha, que exige atenção total do jogador.

As principais novidades estão em detalhes como a volta do reforço de cobertura (Smart Cover), agora de forma mais contida, e a Chama Roxa, um novo tipo de dano que reduz sua armadura máxima se não tratado rapidamente. Isso adiciona uma camada extra de atenção, especialmente nas dificuldades mais altas. Os novos conjuntos de equipamentos, como Measured Assembly e Imminence Armaments, oferecem opções interessantes, especialmente em equipes. Jogando solo, porém, estratégias clássicas como Escudo Cruzado e Drone de Ataque ainda dão conta do recado.

O mapa é menor e mais direto, o que torna o ritmo da expansão mais acelerado. Missões, patrulhas e caçadas estão sempre por perto, o que garante uma boa fluidez. No pós-campanha, há bastante conteúdo para quem gosta de farmar: novos pontos de controle, colecionáveis e exóticos. Nada disso reinventa o jogo, mas cumpre bem o papel de manter a jogabilidade interessante por mais algumas boas horas.

Gráficos

Visualmente, Battle for Brooklyn mantém o alto padrão da série. Os cenários continuam muito bem trabalhados, com ruas destruídas, grafites, objetos espalhados pelo chão e outros detalhes que reforçam o clima de colapso urbano.

Entretanto, mesmo sendo visualmente sólido, é surpreendente (e até um pouco frustrante) perceber que, em pleno 2025, o jogo ainda não conta com uma versão nativa para PlayStation 5 ou Xbox Series. Ele roda apenas via retrocompatibilidade, o que significa tempos de loading mais longos, ausência de texturas em altíssima definição e nenhuma das melhorias trazidas pelo sistema de compressão Kraken da Sony. Apesar disso, a performance no PS5 é boa, com 60 FPS estáveis, e o visual ainda é bem impressionante. Mas fica clara a sensação de um jogo que já pede por um sucessor ou, uma atualização técnica que aproveite melhor o hardware da nova geração.

Conclusão

Battle for Brooklyn não tenta reinventar The Division 2, e talvez seja justamente isso que o torna uma boa expansão. A Ubisoft optou por manter o que já funciona, oferecer um mapa com ritmo mais direto e rechear o pós-jogo com atividades familiares, mas eficazes. É uma experiência que entrega o que promete: ação intensa, loot para farmar e um novo capítulo que, mesmo sem brilho narrativo, vale a pena encarar.

Para quem já é fã do jogo, o pacote compensa. E para quem está de volta depois de um tempo afastado, essa é uma boa desculpa para montar uma nova build e cair de cabeça no caos controlado que só The Division sabe fazer.