Tivemos a oportunidade de jogar Towa and the Guardians of the Sacred Tree, e ele se destaca imediatamente entre os roguelites atuais. Diferente da maioria dos títulos do gênero, que apostam em masmorras escuras, ambientes sujos e clima sombrio, Towa entrega um universo colorido, vibrante e cheio de vida. O jogo é altamente inspirado no Japão feudal, com cenários pintados à mão, vilarejos detalhados e personagens carismáticos.
História
Você assume o papel de Towa, sacerdotisa da Vila Shinju, encarregada de purificar a Árvore Sagrada (Shinju) corrompida pela força maligna Magatsu. A corrupção não apenas ameaça destruir o mundo, como também gera monstros poderosos que se espalham pelas masmorras.
Para ajudá-la, Towa conta com oito guardiões, cada um com habilidades e personalidades únicas. Entre eles, Rekka, uma espadachim impetuosa, e Nishiki, uma carpa humanoide que não sabe nadar. O jogo consegue equilibrar humor, drama e misticismo. Os diálogos variam conforme a combinação de guardiões, e mesmo pequenas interações trazem personalidade e reforçam o universo. A ausência de legendas em português é um ponto a ser notado, contudo, isso pode ser mudar no futuro com um update ou até mesmo no lançamento do game, só o futuro dirá.
Gameplay
O combate é baseado em duplas: um guardião assume o papel ofensivo (Tsurugi) e outro de suporte (Kagura). O ofensivo usa ataques corpo a corpo, combos ágeis e armas com durabilidade limitada, exigindo alternância estratégica entre elas. O suporte lança magias de área, cria escudos e ajuda a controlar o ritmo das batalhas.
Todos os oito guardiões podem assumir ambos os papéis, o que aumenta bastante as possibilidades táticas e incentiva experimentação para encontrar as melhores combinações de ataque e suporte.
As runs seguem um ciclo de exploração e combate: cada área precisa ser limpa de inimigos antes de liberar recompensas como materiais de forja, upgrades e diálogos. O destaque do sistema é a mecânica de sacrifício: para purificar uma área, é necessário sacrificar o guardião de suporte, adicionando peso emocional e tensão estratégica a cada decisão.
Entre as incursões, a Vila Shinju funciona como hub central. Ali você conversa com NPCs, desbloqueia melhorias, fortalece guardiões, troca armas e participa de minigames como pesca e forja de espadas. Aqui, nós fazemos a forja, e te falar, é altamente relaxante criar uma gloriosa katana ou qualquer coisa maluca que você invente, já que o jogo te dá total liberdade para inventar qualquer coisa. Particularmente, eu fiz algo simples inspirado em um certo corredor, mas extremamente mortal. O processo de aquecer, martelar, resfriar e polir a lâmina influencia atributos como ataque básico, especial e durabilidade.
Gráficos e Áudio
O jogo chama atenção pela direção de arte. O estilo desenhado à mão combina cores vibrantes com cenários detalhados, criando uma dualidade interessante entre áreas corrompidas e locais naturais protegidos. Cada uma das masmorras possui identidade própria, com inimigos e elementos de ambientação inspirados na cultura japonesa.
A trilha sonora de Hitoshi Sakimoto acompanha perfeitamente o ritmo do jogo, alternando momentos mais tensos durante batalhas e temas mais tranquilos enquanto você explora a vila. A dublagem em inglês e japonês é consistente, dando vida aos personagens e fortalecendo a imersão.
Conclusão
Towa and the Guardians of the Sacred Tree consegue renovar o gênero roguelike sem perder a essência do desafio. Com combate interessante e uma vila cheia de atividades, o jogo oferece profundidade e replay para quem gosta de pensar e sentir cada decisão. O sistema de forja, em especial, é extremamente satisfatório e permite criar armas únicas que misturam criatividade e estratégia.
O lançamento está marcado para 19 de setembro de 2025 no PlayStation 5, Xbox Series X|S, Nintendo Switch e PC (Steam). Se a versão final entregar tudo que vimos no beta, esse será um dos roguelites mais interessantes do ano.
