Review: Killing Floor 3

Depois de quase uma década sem novidades, a Tripwire Interactive trouxe de volta uma das franquias mais conhecidas quando se fala em ação cooperativa sangrenta. Killing Floor 3 chega com a promessa de modernizar a série e manter a essência caótica que sempre conquistou jogadores. A base continua a mesma: enfrentar hordas de Zeds em partidas cooperativas cheias de violência, estratégia e adrenalina. Mas será que esse terceiro capítulo realmente entrega tudo o que os fãs esperavam?

História

A narrativa nunca foi o ponto forte da série, mas desta vez ela ganha um pouco mais de espaço. O jogo se passa em 2091, 70 anos após os eventos de Killing Floor 2. A corporação Horzine continua criando Zeds para expandir seu domínio, enquanto o grupo rebelde Nightfall, liderado por Cordelia Clamely, tenta impedir a catástrofe.

Os jogadores assumem o papel de seis agentes jogáveis: Foster, Devlin, Imran, Luna, Nakata e Obi, cada um com características e habilidades próprias. A campanha apresenta 10 missões que ajudam a contextualizar o universo, mas ainda assim o enredo serve apenas como pano de fundo. Faltam cutscenes, diálogos relevantes e momentos que realmente prendam a atenção. É um complemento para a ação, mas não passa disso.

Gameplay

O coração de Killing Floor 3 continua sendo o combate cooperativo por ondas, mas agora com muito mais profundidade estratégica. As partidas seguem o padrão clássico: enfrentar hordas de Zeds, que aumentam de dificuldade progressivamente, até chegar em chefes finais.

Entre cada rodada, os jogadores podem usar o Stronghold, um hub central para planejar estratégias, trocar equipamentos, preparar armadilhas e analisar mapas, incentivando o trabalho em equipe e permitindo abordar cada onda de forma tática. A progressão recompensa com experiência, dinheiro e materiais para upgrades, além de desafios diários e semanais que dão motivos para repetir os mapas.

Dificuldades mais altas, como Hard e Hell on Earth, exigem coordenação detalhada, pois os recursos ficam escassos e cada decisão conta. Apesar disso, o conteúdo inicial é limitado, com apenas três chefes e cinco waves no modo principal, e o Battle Pass divide opiniões, com cosméticos bloqueados atrás da versão Premium.

As classes/perks retornam com seis opções iniciais, cada uma com habilidades distintas:

  • Foster (Commando): equilibrado, bom em combate à distância.
  • Devlin (Firebug): especialista em fogo, excelente para controlar grupos.
  • Imran (Engineer): arma torretas e usa escopetas.
  • Luna (Sharpshooter): sniper de alto dano.
  • Nakata (Ninja): combate corpo a corpo com katana.
  • Obi (Medic): mantém a equipe viva com cura e suporte.

Os Zeds também foram aprimorados e agora:

  • Escalam obstáculos, pulam e se movem pelo cenário de forma inteligente.
  • Atacam o jogador mais vulnerável e podem emboscar a equipe.
  • Alguns carregam armas ou são mutações pesadas com ataques devastadores.

O combate é complementado pelo M.E.A.T. system aprimorado, tornando cada desmembramento mais visceral e satisfatório, além de um arsenal variado de armas com possibilidade de upgrades elementares (balístico, elétrico, sônico e fogo) e modificações cosméticas. Os mapas oferecem diversas ferramentas estratégicas, como torretas, tirolesas, explosivos e armadilhas, permitindo abordar cada combate de maneiras diferentes.

Desempenho

No PC, Killing Floor 3 apresenta performance variável dependendo da configuração. Em máquinas de médio desempenho, há quedas de FPS, principalmente em partidas com muitos inimigos na tela ou efeitos visuais intensos. Em setups de ponta, o jogo mantém 60 FPS estáveis na maioria dos momentos, mas ainda podem ocorrer pequenas travadas ou stutters ocasionais. O uso da Unreal Engine 5 permite cenários detalhados, iluminação dinâmica e geometria complexa, mas não há muitos ajustes gráficos extensivos além de resolução e taxa de frames.

Gráficos e Trilha Sonora

Visualmente, Killing Floor 3 entrega cenários sombrios e detalhados, mantendo a atmosfera opressiva da franquia. A iluminação, efeitos e design de mapas são bons, mas o título não é revolucionário graficamente. Alguns modelos de armas e elementos do HUD parecem datados.

A trilha sonora é muito boa possuindo com músicas Heavy Metal e Hard Rock combinando perfeitamente com o caos das partidas. Por outro lado, os efeitos sonoros das armas e Zeds perderam impacto, deixando o combate menos satisfatório auditivamente em comparação com jogos anteriores.

Conclusão

Killing Floor 3 mantém a essência da franquia, possuindo um cooperativo intenso, hordas de Zeds desafiadoras e necessidade de coordenação estratégica. O Stronghold, os upgrades de armas, o sistema de dano elementar e a inteligência aprimorada dos inimigos adicionam profundidade e tornam cada partida mais estratégica. Ainda assim, o jogo sofre com conteúdo limitado, problemas de performance em PCs medianos, alguns bugs visuais, Battle Pass controverso e gráficos que não impressionam. Para veteranos, é uma aposta segura que entrega diversão em grupo. Para novatos, o gameplay viciante compensa as limitações técnicas.

Killing Floor 3

Historia - 6
Gameplay - 8
Gráficos - 7.5
Áudio e trilha-sonora - 8

7.4

Bom

Killing Floor 3 mantém o DNA da franquia com ação cooperativa frenética, sistema de perks estratégico e um combate visceral que brilha nas dificuldades mais altas. Porém, o conteúdo inicial ainda é limitado e deixa a sensação de que o jogo poderia oferecer mais.

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