Review: Cronos: The New Dawn

Eu sei, demoramos um pouquinho, mas Cronos: The New Dawn chegou, o jogo que quase me fez infartar umas três ou quatro vezes. Imagine essa cena: 3 horas da manhã, um silêncio dos infernos, após horas de jogatina, o game decidiu me pregar um susto após horas sem nada parecido. E olha, isso resume bem o que te espera. Tensão constante, mesmo quando você acha que está no controle.

História

Aqui acompanhamos a viajante ND-3576, enviada pelo Coletivo para investigar o fracasso de outro agente e coletar essências de figuras-chave do passado. A trama se passa em uma Polônia devastada por um evento conhecido como Change, que transformou pessoas em criaturas grotescas e trouxe reflexos diretos de temas atuais. O jogo mistura ficção científica com crítica social, além de trabalhar bem conceitos de memória, culpa e propaganda.

Apesar do início ser lento e da protagonista ser um pouco fria demais no começo, a narrativa vai crescendo, e aos poucos você é fisgado pelos dilemas e pela atmosfera pesada. Não é uma história revolucionária, mas a forma como é contada, garante bons momentos.

Gameplay

O foco principal está no combate em terceira pessoa, totalmente baseado em armas de fogo. Cada inimigo exige uma pequena atenção, tiros na cabeça rendem mais dano, enquanto monstros blindados forçam a mirar em pontos específicos. A presença do fogo como recurso estratégico adiciona tensão, já que inimigos podem ficar mais fortes se não forem incinerados a tempo.

A escassez de munição é constante, e o gerenciamento de recursos faz parte do terror. Errou muitos tiros? Prepare-se para encarar os monstros de perto, na base da porrada. A exploração também é marcada por escolhas. O inventário é limitado e, por vezes, carregar um item essencial significa abrir mão de espaço para munição ou suprimentos. Não há puzzles complexos, mas ferramentas como um Alicate são fundamentais para acessar áreas escondidas e garantir recursos extras.

Mesmo com campanha linear de cerca de 15 horas, os cenários urbanos destruídos oferecem pequenas rotas alternativas e segredos. Colecionáveis e suprimentos incentivam a investigar cada canto, sem quebrar o ritmo da história.

Gráficos e Áudio

Cronos: The New Dawn é bonito, mas não chega a impressionar. O destaque fica para a direção de arte, que acerta em cheio ao trazer cidades devastadas, corredores escuro, criaturas deformadas que criam um ambiente pesado e opressivo.

A trilha sonora, por sua vez, aparece de forma pontual, sendo usada com inteligência. O silêncio predomina, deixando espaço para os ruídos, grunhidos e sons dos monstros. Quando a música entra em cena, potencializa ainda mais o clima de mistério e medo, funcionando como peça-chave na imersão.

Conclusão

Cronos: The New Dawn é uma grata surpresa. A Bloober Team entrega um survival horror sólido, com dificuldade na medida certa, história instigante e momentos de puro desespero. Apesar alguns problemas técnicos e da ausência de puzzles mais elaborados, o jogo compensa com uma ambientação sci-fi convincente, boas mecânicas de combate e um clima de terror que realmente prende.

Possuindo uma campanha direta, Novo Jogo+ e finais alternativos, o título oferece conteúdo suficiente para os fãs do gênero. Para quem curte survival horror raiz, com escassez de recursos e tensão a cada esquina, vá sem medo.

Cronos: The New Dawn

Historia - 8
Gameplay - 9
Gráficos - 8.5
Áudio e trilha-sonora - 8

8.4

Muito Bom

Cronos: The New Dawn é um survival horror tenso, com munição escassa e ambientação pesada, sendo uma boa opção para fãs do gênero

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