
Painkiller é o reboot do clássico FPS de 2004, agora desenvolvido pelos poloneses da Anshar Studios. Diferente do original, que era single-player, esta versão foca em cooperação, colocando jogadores em um esquadrão de três para enfrentar hordas de demônios em Purgatório. O jogo mantém a essência frenética e sangrenta do título original, mas muda bastante o formato, o que pode não agradar todos os fãs da série.
História
A narrativa de Painkiller é mínima e serve apenas como pano de fundo para a ação. Você escolhe um de quatro “almas perdidas” e enfrenta as forças de Lúcifer em uma guerra entre Céu e Inferno. Entre diálogos curtos e comentários do Metatron e de Azazel, a história praticamente não importa e os personagens são esquecíveis. Não há desenvolvimento real, e ninguém espera se emocionar com a trama.

Gameplay
A campanha gira em torno de incursões, divididas em três biomas, cada um com três fases que terminam em chefes. As arenas de combate se alternam com pequenas tarefas de cada bioma, como coletar vasos de sangue ou lanternas de almas, que funcionam melhor em cooperação.

O arsenal é variado e poderoso. Inclui a clássica stake gun, espingarda que congela inimigos, lançadores de foguetes, shurikens elétricos e o Painkiller, lâmina giratória corpo a corpo que gera munição. As armas podem ser melhoradas com ouro e artefatos encontrados nas fases, mas só é possível equipar duas por vez, limitando a diversidade de combate.

O jogo permite explorar a verticalidade com ganchos e pequenas seções de plataformas. Jogar em cooperação funciona muito bem, mas solo com bots pode ser frustrante, já que a progressão offline e online é separada. Upgrades e armas obtidos no modo offline não aparecem no online, obrigando a refazer o tutorial e recomprar tudo.

As incursões podem ser completadas em poucas horas, e rejogar em dificuldades maiores não muda muito a experiência. As cartas de tarô trazem pequenas variações, mas não prolongam a diversão, e o modo rogue-lite com arenas aleatórias é básico e não altera o núcleo do gameplay.
Gráficos e Áudio
Visualmente, o jogo é sólido. Os biomas são distintos, as arenas bem construídas e a paleta escura reforça a atmosfera de Purgatório. A trilha sonora é metal pesado, acompanhando bem a ação frenética. Efeitos sonoros de armas e destruição são satisfatórios, e a narração do Metatron adiciona personalidade, mesmo que a história seja irrelevante.
Já no quesito desemprenho no PS5 o jogo mantém desempenho estável na maior parte do tempo, entretanto apresentou travamentos curtos de um a dois segundos em mais de uma ocasião. Todos os jogadores travaram ao mesmo tempo, então pode ter relação com a sincronização com o servidor. Fora isso, a ação continua fluida e não compromete a experiência geral.





Conclusão
Painkiller acerta no combate e no arsenal, oferecendo um shooter rápido, violento e divertido, especialmente em cooperação. O problema é que o conteúdo é limitado, repetitivo e a decisão de transformá-lo em um jogo online diminui seu potencial. Para os jogadores solo ou para fãs do original esperando algo mais próximo de um single-player, a experiência pode decepcionar. Ainda assim, com amigos ou abordando o jogo com mente aberta, há diversão garantida por algumas horas.
Painkiller
Historia - 6
Gameplay - 6.5
Gráficos - 7.5
Áudio e trilha-sonora - 8
7
Legal
Painkiller entrega um shooter rápido e violento, com armas boas e fases bem construídas, mas o conteúdo é limitado e repetitivo. Funciona melhor em cooperação, enquanto para quem procura uma experiência solo ou para fãs do original esperando um single-player mais completo pode decepcionar.


