Preview: Swapmeat

Swapmeat é aquele tipo de jogo que chama atenção primeiro pelo exagero visual, mas se sustenta rapidamente pela forma inteligente como sua ideia central é aplicada na gameplay. O novo roguelite de tiro em terceira pessoa do estúdio One More Game aposta em um conceito simples, trocar partes do corpo dos inimigos para sobreviver, evoluir e se adaptar durante as missões, o que resulta em uma experiência caótica, criativa e com identidade própria. A proposta não tenta ser sutil e nem precisa disso, já que o jogo assume o absurdo desde os primeiros minutos e constrói toda a sua estrutura em cima dessa ideia.

História

A narrativa existe como pano de fundo e cumpre bem o seu papel, sem tentar roubar o foco da ação ou interferir no ritmo das partidas. O jogador assume o papel de um Cientista da Carne a serviço da megacorporação Rangus Meats, responsável por explorar planetas e coletar recursos biológicos espalhados pela galáxia, enquanto o enredo brinca com conspirações corporativas e exageros de ficção científica.

Gameplay

Swapmeat gira completamente em torno da troca constante de partes do corpo. O personagem é dividido em três seções principais, cabeça, tronco e pernas, cada uma com vida própria e habilidades específicas, e quando uma dessas partes é danificada ou destruída a solução não é recuar, mas sim derrotar outro inimigo e substituir aquele membro no meio do combate. Transformando cada confronto em uma sequência contínua de decisões, obrigando o jogador a avaliar rapidamente o que vale a pena manter ou trocar de acordo com a situação.

Algumas partes oferecem mais mobilidade, enquanto outras focam em dano, defesa ou habilidades especiais, criando builds improvisadas a cada corrida. O combate é rápido, intenso e direto, com armas de fogo funcionando em conjunto com habilidades absurdas vindas das partes coletadas, e desde os primeiros minutos o jogo passa uma sensação constante de poder. A progressão acontece por meio de níveis e melhorias escolhidas durante a run, permitindo focar em diferentes estilos de jogo sem depender totalmente da sorte.

A estrutura das missões gira em torno de planetas que apresentam objetivos principais e tarefas secundárias, além de um cronômetro que pressiona o ritmo da partida. Completar atividades extras garante mais tempo, enquanto falhas tornam o avanço mais arriscado, e o encerramento das áreas costuma envolver batalhas mais intensas, chefes e momentos de evacuação que reforçam o clima de urgência. Embora seja possível jogar sozinho, o modo cooperativo deixa a experiência mais equilibrada.

Gráficos e Áudio

Visualmente, Swapmeat abraça o grotesco de forma caricata, apostando em cenários alienígenas coloridos e inimigos com designs exagerados que deixam clara a identidade do jogo. A quantidade de informação na tela pode ser alta durante os combates mais intensos, o que em alguns momentos exige atenção extra para não se perder no caos, mas faz parte da proposta. O áudio cumpre seu papel como acompanhamento da ação, mas não se destacar tanto.

Conclusão

Swapmeat se mostra uma surpresa bastante positiva dentro do gênero, com uma ideia central que realmente influencia toda a experiência. A mecânica de troca de partes não é apenas um recurso visual, mas o coração do jogo, impactando diretamente o combate, a progressão e o ritmo das partidas. Mesmo ainda em desenvolvimento, a base apresentada é sólida e deixa claro que o estúdio entende bem o que quer entregar, fazendo de Swapmeat um game bastante promissor para quem busca um roguelite de tiro diferente do comum.

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