Preview: Killing Floor 3

Após mais de uma década de carnificina implacável, a franquia Killing Floor retorna com seu terceiro título. Mas será que a Tripwire conseguiu realmente reinventar a fórmula ou estamos apenas diante de uma sequência mais polida e sanguinolenta?

Desta vez, o jogo traz um novo sistema de especialistas, uma progressão reformulada e um nível de desafio ainda maior. Mas será que essas mudanças vão elevar a experiência ou afastar os veteranos que esperavam mais liberdade? Com tantas novidades e algumas decisões controversas, Killing Floor 3 é o passo certo para a franquia ou um risco desnecessário?

História

A trama de Killing Floor 3 se passa no ano de 2091, em um futuro distópico onde a megacorporação Horzine controla o mundo por meio de seus exércitos de clones monstruosos, conhecidos como zeds. Para combater essa ameaça, um grupo de rebeldes chamado Nightfall surge como a última esperança da humanidade.

Embora a série nunca tenha sido conhecida por sua narrativa profunda, Killing Floor 3 expande o universo da franquia com mais detalhes sobre os eventos que levaram ao caos atual. Tornando a experiência mais profunda para aqueles que querem entender melhor o mundo ao seu redor.

Gameplay

O coração de Killing Floor 3 continua sendo sua jogabilidade frenética. O jogo mantém a estrutura de enfrentar ondas de inimigos cada vez mais difíceis, usando os intervalos entre elas para reabastecer munição, comprar armas e se preparar para os próximos desafios. No entanto, diversas novidades tornam a experiência mais profunda e estratégica.

Sistema de Especialistas e Progressão

Diferente dos jogos anteriores, onde os jogadores podiam escolher qualquer personagem e combiná-lo com qualquer classe, Killing Floor 3 introduz agora um sistema de Especialistas. Agora, cada sobrevivente pertence a uma classe fixa, o que limita a customização entre elas.

Os especialistas confirmados até agora incluem:

  • Ninja – Possui um gancho que permite alcançar rapidamente os inimigos e atacar com uma katana.
  • Berserker – Especialista em combate corpo a corpo, com resistência aumentada.
  • Comando – Focado em rifles automáticos e habilidades de rastreamento de inimigos.
  • Suporte – Mestre em escopetas e no suporte à equipe com curas e armaduras.
  • Demolidor – Especializado em explosivos e armas de área.
  • Atirador – Focado em pistolas e tiros rápidos de alta precisão.

Cada especialista possui um loadout inicial fixo e habilidades únicas, o que influencia diretamente como o jogo é abordado diferente dos últimos dois títulos. Além disso, cada um pode ser evoluído através da árvore de habilidades, permitindo que os jogadores personalizem sua progressão e adaptem seu personagem ao seu estilo de jogo.

Essa mudança pode dividir opiniões principalmente na comunidade de Killing Floor, pois remove a liberdade que os jogadores tinham nos títulos anteriores de escolher um personagem e combiná-lo com qualquer classe. Entretanto, apesar das classes fixas, os jogadores ainda têm certa liberdade para escolher suas armas durante as partidas. Isso significa que, mesmo sendo um Ninja, por exemplo, ainda é possível adquirir e usar um rifle de assalto, embora a especialização do personagem favoreça o combate corpo a corpo.

Killing Floor 3 também traz um sistema de mods para armas, permitindo que os jogadores customizem seu arsenal de acordo com suas preferência, impactando diretamente a desempenho da arma em combate.

Interação com o Ambiente e Estratégia

Outra novidade é a interação com o cenário. Durante as partidas, os jogadores podem utilizar elementos do ambiente a seu favor, como:

  • Torres automáticas – Que podem ser ativadas para ajudar no combate.
  • Armadilhas – Como ventiladores gigantes que podem ser acionados para eliminar grupos de inimigos.
  • Upgrades estratégicos – No início da partida, os jogadores têm um orçamento limitado para comprar melhorias, como aumentar a resistência da armadura.

Gráficos

Visualmente, Killing Floor 3 representa um salto significativo em relação ao seu antecessor. O jogo utiliza uma versão aprimorada da Unreal Engine 5, garantindo modelos mais detalhados, efeitos de iluminação impressionantes e um ambiente ainda mais imersivo. O gore, sempre um dos destaques da franquia, continua brutal, tornando os combates viscerais e intensos.

No entanto, apesar dos visuais aprimorados, um detalhe pode desapontar os fãs mais atentos: os inimigos parecem reagir menos aos tiros, e a mecânica de desmembramento sofreu uma redução perceptível. Isso pode impactar a sensação de impacto das armas, um dos pontos que sempre destacou Killing Floor no gênero.

Conclusão

Killing Floor 3 mantém a essência frenética e brutal da franquia, trazendo novas camadas de progressão e especialização para o combate cooperativo. O novo sistema de especialistas adiciona identidade ao gameplay, mas a remoção da liberdade de misturar personagens e classes pode não agradar a todos. Além disso, ainda restam dúvidas sobre o equilíbrio dessas mudanças e se elas realmente representam uma evolução para a série.

Se a Tripwire souber refinar os detalhes que estão dividindo a comunidade, Killing Floor 3 tem potencial para ser uma das melhores experiências cooperativas do ano. Com suporte a crossplay entre as plataformas, encontrar aliados para enfrentar as hordas de zeds nunca foi tão fácil, resta agora saber se todos estarão dispostos a abraçar essa nova abordagem.

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