Preview: Monster Hunter Wilds

Ok, faltando um pouco menos de uma semana para Monster Hunter Wilds e sim, eu demorei um pouquinho para trazer essa preview para o site. Mas calma, ela está aqui! Esses fins de semana foram meio longo por conta de algumas betas que tivemos, mas em breve sai tudo. Maaass bora lá para a preview!

Se Monster Hunter World foi um divisor de águas para a franquia, Monster Hunter Wilds chega com a promessa de expandir ainda mais o conceito de mundo vivo e interativo. O jogo traz um ecossistema dinâmico, mudanças climáticas que afetam diretamente a jogabilidade e uma narrativa mais profunda. Além disso, novas mecânicas de movimentação, combate e exploração tornam a experiência ainda mais imersiva e intensas.

Com um mapa vasto e transições naturais entre áreas, Wilds promete ser o Monster Hunter mais ambicioso até agora. Mas será que todas essas novidades realmente fazem jus ao hype?

História

Diferente dos jogos anteriores, Monster Hunter Wilds aposta em uma narrativa mais cinemática a la MH World. A trama acompanha Nata, um jovem misterioso que fugiu de sua vila após um ataque do temível White Wraith. O jogador assume o papel de um caçador encarregado de escoltá-lo de volta para casa, enquanto descobre segredos sobre essa criatura e seu impacto no mundo.

Embora a essência da franquia continue sendo a caçada aos monstros, a Capcom parece estar investindo mais na construção de personagens e no desenvolvimento da história.

Gameplay

A jogabilidade mantém a essência clássica da franquia: rastrear, enfrentar e derrotar monstros para obter materiais e criar equipamentos mais poderosos. No entanto, Monster Hunter Wilds traz algumas adições que tornam essa experiência mais dinâmica.

Uma das principais novidades é o Focus Mode, um sistema de mira aprimorado que permite atacar pontos específicos dos inimigos e realizar bloqueios com maior precisão. Além disso, há os Duelos de Poder, uma mecânica onde o jogador pode desafiar diretamente um monstro em um confronto mano a mano. Se vencer, o caçador pode praticamente “counterar” o ataque da criatura, desequilibrando-a e criando uma grande janela de oportunidade para atacar. Criando um nível extra de estratégia aos combates, beneficiando aqueles que preferem um controle mais refinado nas caçadas.

O mundo do jogo também foi projetado para ser mais interativo e dinâmico. Cada bioma passa por três ciclos sazonais:

  • Fallow: um período seco e árido, com menos flora e monstros mais agressivos, adaptados à escassez de recursos.
  • Plenty: semelhante à primavera, trazendo abundância de vegetação e uma maior diversidade de criaturas.
  • Inclemency: uma fase de tempestades intensas, que incluem chuvas torrenciais, trovoadas e até tempestades de areia, mudando completamente o cenário e o comportamento da fauna.

Essas variações influenciam diretamente os monstros encontrados, os recursos disponíveis e até mesmo como os jogadores devem abordar suas caçadas. Além disso, agora é possível estabelecer acampamentos temporários, que funcionam como pontos de viagem rápida, mas precisam ser protegidos, pois podem ser destruídos por criaturas hostis.

Outro destaque é a montaria Seikret, um raptor alado que permite percorrer grandes distâncias sem interrupções. Além de facilitar a locomoção, ele também pode ser usado em combate, permitindo que o jogador ataque enquanto cavalgue e até troque de arma no meio da luta. Esse sistema dá mais versatilidade à jogabilidade, permitindo, por exemplo, que um jogador atue como suporte em momentos críticos e assuma um papel mais ofensivo quando a situação estiver favorável.

Multiplayer

O modo multiplayer continua sendo um dos pilares principais da experiência Monster Hunter, permitindo que até quatro jogadores enfrentem os desafios do jogo juntos. No entanto, conectar-se com amigos pode não ser tão intuitivo quanto se espera, e até parecer estranho em algumas partes.

O jogo possui dois sistemas principais para jogar online:

  • Lobbies: servidores públicos nos quais os jogadores podem se juntar a caçadas abertas.
  • Link Parties: grupos privados que permitem formar times fixos para jogar de forma contínua.

Para convidar amigos diretamente, é necessário enviar um convite pela rede da plataforma ou utilizar um código de ID. Esse processo pode ser um pouco trabalhoso, mas, uma vez que o grupo está formado, os jogadores podem continuar juntos mesmo após desconectar do jogo. Porém, diferente de Monster Hunter World na parte do multiplayer ou lobbies, os jogadores conectados a um Link Party não aparecem uns para os outros no acampamento, mesmo em um mundo privado. Isso é curioso, já que nos lobbies públicos dentro da vila era possível ver outros jogadores. A Capcom pode corrigir isso na versão final, mas na última beta ainda era assim.

Na prática, isso significa que, para iniciar uma missão em grupo, ainda era necessário seguir o sistema tradicional: um jogador começa a missão e os demais entram em seguida, em vez de simplesmente sair caçando juntos como acontecia após iniciar as Terras Guias de Monster Hunter World.

Entretanto, caso você não tenha amigos ou companheiros disponíveis no momento das caçadas, o jogo oferece NPCs para auxiliar nas batalhas. Eles podem ser convocados através de um sinalizador, funcionando como um reforço útil para os momentos mais complicados e garantindo que o jogador nunca precise enfrentar os desafios sozinho.

Gráficos e Desempenho

A Capcom está utilizando uma versão aprimorada do RE Engine para Monster Hunter Wilds, garantindo ambientes mais detalhados e uma iluminação dinâmica impressionante. O nível de realismo das texturas, animações e efeitos climáticos elevam a ambientação do jogo ao extremo, e tornando cada caçada ainda mais bonita e dinâmica.

Até o momento, o desempenho parece sólido, com taxas de quadros estáveis nas versões de teste. Porém, como se trata de um jogo de mundo aberto com ambientes dinâmicos, resta ver como ele se sairá na versão final, especialmente em plataformas como o PlayStation 5 e Xbox Series X|S.

Conclusão

Monster Hunter Wilds tem tudo para ser o jogo mais ambicioso da franquia até agora. Com mapas dinâmicos que evoluem com as estações, um sistema de combate refinado e uma narrativa mais cinematográfica, a Capcom parece ter encontrado o equilíbrio entre inovação e a essência clássica da série.

Ainda há desafios a serem resolvidos, especialmente na conectividade com amigos, mas a experiência solo já se mostra rica e bem legal. Se o jogo conseguir entregar essa grandiosidade sem comprometer o desempenho ou a acessibilidade do multiplayer, Wilds pode facilmente se tornar o novo padrão para a série e um dos maiores lançamentos de 2025.

E, pelas surpresas reveladas no último trailer, tudo indica que o jogo chegará com força total este ano. Pois não só os monstros Tempered parecem estar de volta, mas também o Frenesi, o que pode resultar em algumas das caçadas mais intensas e desafiadoras que a franquia já viu. Se esses sistemas forem bem integrados, Wilds tem tudo para se tornar um verdadeiro marco na série.

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