
Call of Duty: Black Ops 7 chega após um ano em que a franquia entregou um bom trabalho com Black Ops 6 e agora tenta seguir por um caminho diferente. A campanha cooperativa é a principal mudança e busca contar uma história mais psicodélica com missões que alternam realidade e alucinações. O multiplayer continua com bastante conteúdo no lançamento e Zombies está de volta com um mapa amplo e pensado. O título tenta expandir ideias em todas as frentes, mas acaba esbarrando em escolhas que deixam a experiência irregular, principalmente no modo história.
História
A campanha abandona os momentos cinematográficos e os personagens marcantes que construíram os melhores momentos da série. A história acontece em Avalon, uma cidade fictícia que serve de base a história. A trama mistura tecnologia, alucinações e memórias que acabam confundindo o jogador e se repetindo. Existem ideias interessantes de infiltração e sequências com mudanças de realidade, mas tudo parece fragmentado e com pouca conexão entre os eventos.

Para quem joga sozinho encontra uma experiência vazia, já que não existem companheiros controlados pela inteligência artificial. Há pouca evolução dos personagens e a narrativa não mantém consistência. Além disso, o final abre o modo Endgame com missões repetidas em um mapa grande com objetivos e extração. Pode funcionar como curiosidade, mas não substitui o que sempre fez a campanha de Call of Duty ser lembrada.

Gameplay

O multiplayer é onde Black Ops 7 realmente encontra seu ritmo o jogo mantém a base sólida da série, dando ao jogador várias opções durante as partidas. Correr, deslizar e saltar em superfícies cria um fluxo intenso em cada mapa. Os confrontos são constantes e a leitura de posição vira algo essencial, já que os inimigos podem aparecer de qualquer direção e a ação praticamente não para.

O modo conta com uma boa variedade inicial de mapas com cenários menores que favorecem trocas rápidas de tiro e outros mais amplos com rotas alternativas. O sistema de matchmaking recebeu mudanças e agora permite encontrar partidas mais tranquilas ou modos mais competitivos.
As armas seguem o padrão tradicional da série com opções para todos os estilos e respostas diferentes dentro das partidas. Fuzis de assalto, metralhadoras leves e snipers entregam sensações distintas ao atirar e incentivam a testar combinações. As vantagens ajudam a personalizar o estilo de jogo e criam caminhos interessantes para montar classes bacanas.

Já o modo Zombies retorna com bastante conteúdo e um mapa grande com segredos escondidos em várias áreas mantendo o clima clássico e as rodadas com aumento gradual de dificuldade. É um modo divertido, entretanto o easter egg principal é longo e demorado, exigindo tempo e organização para avançar até o final. Ainda assim, é um dos modos que mais adicionam horas de jogo e deve agradar quem gosta de explorar e montar estratégias em equipe.

Gráficos e Trilha Sonora
Os gráficos de Black Ops 7 entregam uma apresentação competente com cenários variados que misturam cidades futuristas, mapas clássicos remodelados e áreas abertas de Avalon. O jogo tem uma aplicação de cores funcional que ajuda a identificar inimigos e rotas durante as partidas. Alguns assets e calling cards aparecem com elementos que parecem ter sido gerados por IA, com imagens cartunescas que destoam do resto. Não chega a atrapalhar a jogabilidade, mas quebra a identidade visual em certos momentos.




A trilha sonora acompanha a ação de Black Ops 7 com efeitos claros e bem posicionados que ajudam na leitura das partidas. Os sons de tiros, recargas e movimentação são bons e facilitam identificar a direção dos inimigos mesmo em momentos de muita confusão. A música de fundo passa de forma discreta e não chama muita atenção, mas sustenta o clima de cada mapa com variações simples que funcionam bem durante longas sessões.
Conclusão
Call of Duty: Black Ops 7 tenta mudar a fórmula ao focar em uma campanha cooperativa com ideias misturadas, mas não entrega uma experiência marcante. A ausência de momentos cinematográficos e personagens memoráveis pesa bastante. Zombies traz bastante conteúdo com um mapa amplo e um easter egg longo, que pode afastar quem não tem tempo para longas sessões. O multiplayer mantém partidas rápidas e mapas variados, sustentando a experiência. Para quem curte Call of Duty pela história, Black Ops 7 estabelece um patamar mais baixo, com uma campanha menos eficiente que MW3 (2023) e Black Ops 3, lembrando Declassified no PS Vita. Já quem busca multiplayer e Zombies deve encontrar diversão por bastante tempo.
Call of Duty: Black Ops 7
Historia - 4
Gameplay - 8
Gráficos - 6.5
Áudio e trilha-sonora - 7.5
6.5
Legal
Black Ops 7 tem uma campanha fraca com ideias misturadas e pouca direção, mas o multiplayer e o modo Zombies trazem bastante conteúdo e garantem boas horas de jogo.


