
Ghost of Yōtei finalmente chegou, e posso dizer que valeu a espera. Mesmo sendo uma sequência espiritual e não continuando a história do Jin Sakai, o jogo consegue carregar o espírito de Ghost of Tsushima e entregar algo próprio, com outra protagonista, outra ilha e outro momento histórico. A Sucker Punch pegou tudo o que funcionava no primeiro jogo, refinou e colocou ainda mais ênfase na exploração, no combate e na imersão. É um jogo daqueles que você começa e quando vê já se passaram horas.
Joguei a versão base do PS5 usando o modo Gráfico com Ray Tracing rodando a 30 fps. Mesmo não sendo 60 fps, não senti necessidade de mudar. Fiquei satisfeito com o visual e o ritmo do jogo, embora algumas lutas no início já deixem claro que insistir no caminho mais difícil nem sempre é a escolha mais sábia. Mas teimosia é teimosia, né.
História
A história se passa 300 anos depois dos eventos de Tsushima, agora na ilha de Ezo, conhecida hoje como Hokkaido. Aqui controlamos Atsu, uma mercenária que busca vingança após o massacre da família pelos Seis de Yōtei.

É uma trama de vingança, mas muito bem construída, com peso emocional e decisões que moldam o caminho dela. Atsu não está presa a honra samurai e isso muda completamente a forma como ela encara o mundo. No caminho, surgem aliados, rivais, misturas culturais e momentos que dão aquela vontade de parar e pensar no que acabou de acontecer.
Gameplay
O combate continua sendo o grande destaque, exigindo precisão, ritmo e leitura do inimigo. As armas funcionam em um sistema de vantagem e desvantagem que lembra as posturas do primeiro jogo, então você precisa se adaptar o tempo todo. Isso torna cada luta diferente e é impossível jogar no piloto automático. Também há diversos utensílios que aumentam as possibilidades estratégicas, permitindo lidar com situações de vários jeitos.

A liberdade é enorme. Se você quiser chegar num acampamento e desafiar todo mundo no peito, pode. Se quiser limpar o lugar inteiro sem que ninguém perceba, também pode. Essa flexibilidade deixa o jogo muito mais divertido, porque cada jogador acaba criando seu próprio estilo.

O mundo é cheio de coisas para fazer, desde ajudar moradores até caçar recompensas, escalar santuários, encontrar animais, explorar mitos e conhecer a cultura Ainu. Acampar também virou parte da experiência, permitindo descansar, cozinhar para ganhar bônus e até conversar com viajantes que cruzam o caminho.
Gráficos e Trilha Sonora
Visualmente, Ghost of Yōtei é lindo. Paisagens que parecem quadros, florestas, neve, vilarejos, tudo muito vivo e detalhado. Existem momentos que você simplesmente para para olhar. Algumas texturas de NPCs e animações mais simples acabam aparecendo de vez em quando, mas nada que atrapalhe a experiência.




A trilha sonora é um dos grandes pontos fortes, com instrumentos tradicionais misturados com arranjos orquestrais que dão o ritmo das batalhas e das viagens. O som ambiente é ótimo e ajuda muito a imersão. A dublagem brasileira está excelente, passando emoção e personalidade aos personagens.
O game também possui o modo Watanabe, com músicas lo-fi inspiradas em Samurai Champloo e Cowboy Bebop, é simplesmente genial para quem gosta de explorar no clima.
Conclusão
Ghost of Yōtei não é só uma sequência por sequência. Ele respeita o que veio antes e ainda consegue trazer personalidade própria. Com uma protagonista marcante, combate muito bome uma ilha cheia de vida, é um dos grandes lançamentos do ano. E sinceramente, depois de terminar, fica aquela vontade de continuar no mundo. Mal posso esperar pela chegada do modo Legends.
Ghost of Yōtei
Historia - 10
Gameplay - 10
Gráficos - 10
Áudio e trilha-sonora - 10
10
Imperdível
Ghost of Yōtei é uma aventura marcante que expande o legado de Tsushima com personalidade própria. A nova protagonista, o combate e Ezo fazem dessa sequência um dos melhores jogos de ação do ano.


