
Bem, demoramos um pouquinho, mas aqui está ele! Afinal, Kingdom Come: Deliverance II é um jogo grande… mas muito grande mesmo. Assim como seu antecessor, o game se destaca pelo realismo, pela fidelidade histórica e por um gameplay que não pega leve com o jogador. Desde a forma como o combate funciona até a maneira como você interage com o mundo, tudo exige paciência e dedicação. Mas, para quem se entrega à experiência, a recompensa é um dos RPGs mais imersivos e desafiadores já feitos.
Kingdom Come: Deliverance sempre dividiu opiniões. Enquanto alguns amavam sua abordagem hardcore, outros se frustravam com suas mecânicas punitivas. A sequência mantém essa identidade, mas melhora muitos sistemas para tornar o jogo mais fluido, sem comprometer sua proposta. Com uma narrativa envolvente, personagens marcantes e uma série de ajustes na jogabilidade, Kingdom Come: Deliverance II chega para consolidar a franquia como uma das mais autênticas do gênero.
História
A trama se passa logo após os eventos do primeiro jogo, com Henry de Skalitz acompanhando, Hans Capon, em uma missão diplomática até o Castelo de Trosky. Porém, como era de se esperar, as coisas rapidamente saem do controle, deixando os dois sem recursos e sem apoio em um território desconhecido.

O mundo de Kingdom Come: Deliverance II não apenas parece vivo, mas reage às ações do jogador. As missões frequentemente começam com objetivos simples, mas se desdobram em situações inesperadas, exigindo criatividade para encontrar soluções. Além disso, há diversas formas de concluir um mesmo objetivo, permitindo que cada jogador jogue de acordo com suas preferências. O humor também está presente em vários momentos, com missões que surpreendem e divertem, como a necessidade de impedir que um alcoólatra beba demais em um casamento.
Gameplay
O combate segue o mesmo sistema realista do primeiro jogo, mas com melhorias. A mecânica de counter foi refinada, tornando os duelos mais fluidos e estratégicos. Henry pode utilizar uma variedade de armas, desde espadas longas a arcos, e cada uma exige técnica para ser usada de forma eficaz. A fadiga continua sendo um fator crucial, então sair atacando sem pensar só leva a uma derrota rápida.
A progressão de habilidades continua baseada no uso constante: quanto mais Henry pratica algo, melhor ele se torna. Isso vale para o combate, mas também para furtividade, diplomacia, alquimia e até forja, que agora tem um sistema próprio para a criação de armas e armaduras.

A exploração do mapa é boa, com eventos aleatórios que mantêm o mundo vivo. Viajantes podem ser emboscados por bandidos, cidades reagem às ações do jogador, e cada decisão pode alterar a forma como NPCs interagem com Henry. A interação com NPCs depende da aparência e da reputação de Henry. Um personagem bem vestido tem mais chances de persuadir nobres, enquanto uma aparência suja pode gerar desconfiança.

O sistema de crimes recebeu mudanças significativas e está muito mais complexo. Agora, infrações são classificadas em níveis, e as consequências variam de acordo com a gravidade da ação.
Pequenos delitos, como roubo de comida ou entrar sem permissão em uma casa, podem gerar multas ou alguns dias na prisão. Já crimes mais graves, como assalto e assassinato, têm punições muito mais severas. Se Henry for pego, ele pode tentar subornar os guardas, fugir ou enfrentar as consequências.
Caso não consiga escapar da justiça, Henry pode ser condenado a punições que vão desde passar um tempo nas masmorras até castigos físicos, como ser colocado no pelourinho para ser humilhado em público ou até ser açoitado. Em casos extremos, a pena de morte pode ser aplicada.

Gráficos e Desempenho
Visualmente, Kingdom Come: Deliverance II impressiona. Os detalhes das cidades, castelos e florestas refletem o compromisso da desenvolvedora com a recriação histórica. A iluminação e as animações foram aprimoradas, tornando as interações mais realistas.





O jogo roda de maneira surpreendentemente estável para um RPG de mundo aberto, com poucos crashes. No entanto, ainda há pequenos problemas técnicos, como glitches de iluminação e inconsistências nos objetivos das missões.
Conclusão
Kingdom Come: Deliverance II mantém tudo o que fez o original especial e expande suas mecânicas, oferecendo uma experiência ainda mais profunda. O combate continua desafiador, a narrativa segue envolvente e o mundo reage de forma convincente às ações do jogador. Para quem gosta de RPGs realistas que não pegam na mão e recompensam dedicação, este é um título obrigatório.
Kingdom Come: Deliverance II
Historia - 9.5
Gameplay - 9
Gráficos - 9.4
Áudio e trilha-sonora - 9
9.2
Espetacular
Kingdom Come: Deliverance II aprimora o realismo e a complexidade do primeiro jogo, expandindo mecânicas e oferecendo mais liberdade ao jogador. Possuindo um mundo rico e bem construído, é uma experiência única para quem busca um grandioso RPG.