
Bora lá, jogamos esse pequeno game ( ͡° ͜ʖ ͡°) que arrisca no ESRB. Maiden Cops é um beat’em up brasileiro desenvolvido pela Pippin Games que segue à risca a cartilha dos clássicos dos anos 90, como Streets of Rage e Final Fight. O jogo aposta na nostalgia, trazendo combates simples, pixel art vibrante e uma boa dose de fan service que certamente chama atenção. Apesar disso, a experiência acaba sendo uma mistura de pontos fortes e pontos fracos.
História
A trama de Maiden Cops é simples e segue o estilo dos beat’em ups clássicos. A ação acontece em Maiden City, uma metrópole habitada apenas por mulheres com traços humanos e animais. Quando a gangue das Libertadoras ameaça a cidade, apenas três policiais sobrevivem ao ataque e assumem a missão de restaurar a ordem. Cada uma das protagonistas representa um arquétipo bem definido. Nina Usagi é a coelha ágil e frágil, Priscila Salamander é a mais equilibrada e ingênua, e Meiga Holstaur é a força bruta do grupo. O enredo é contado por cutscenes estáticas e diálogos curtos que dão contexto às fases e ajudam a destacar as diferenças de personalidade entre elas.

Por outro lado, a história não vai muito além de clichês e serve como pano de fundo para a ação. As cutscenes possuem qualidade inferior ao pixel art do gameplay e os diálogos, apesar de trazerem alguns momentos cômicos, acabam sendo previsíveis.
Gameplay
Maiden Cops segue a fórmula tradicional dos beat’em ups, atravessar cenários urbanos, derrotar inimigas que aparecem em ondas, coletar armas improvisadas e enfrentar uma chefe ao final de cada fase. O jogo conta com três personagens jogáveis, cada uma representando um estilo diferente de combate.

Nina é veloz, mas mais frágil, Priscila tem atributos equilibrados e Meiga compensa a lentidão com força bruta, sendo a única capaz de arrancar postes ou placas de trânsito para usar como armas. O game também tem um sistema de habilidades especiais, e cada personagem possui três técnicas diferentes com recarga própria.

Gráficos e Trilha Sonora
A direção artística é um dos maior destaque de Maiden Cops. O pixel art é bem trabalhado, os cenários são coloridos e remetem a era 16-bits, com ruas, bares e praias cheias de detalhes. No entanto, o jogo aposta fortemente no fan service. As protagonistas têm traços exagerados e poses sugestivas, algo que vai agradar a uns e incomodar a outros. As artes em alta resolução usadas em telas de loading reforçam ainda mais esse apelo, deixando claro que essa estética faz parte central da proposta.




Na trilha sonora, temos batidas eletrônicas que remetem diretamente aos arcades clássicos, mantendo o ritmo acelerado. Os efeitos sonoros cumprem bem o papel, e a presença de legendas em português é um ponto positivo que facilita a vida dos jogadores brasileiros.
Conclusão
Maiden Cops é um título que claramente nasceu como uma homenagem ao passado dos fliperamas, e nesse ponto ele acerta. O jogo entrega uma experiência divertida, acessível e recheada de nostalgia, apoiada em visuais coloridos e uma trilha sonora que remete diretamente aos anos 90. O combate é funcional e as personagens têm diferenças de estilo que adicionam alguma variedade, mas a repetição e a curta duração limita a experiência a algumas horas de diversão.
Mesmo com suas limitações, o jogo cumpre bem a proposta de oferecer pancadaria descompromissada. Para quem tem nostalgia dos arcades dos anos 1990 ou procura um título curto para jogar sozinho ou em coop de sofá, Maiden Cops é uma boa pedida. Não traz inovação, mas oferece diversão honesta, garantindo que fãs do gênero encontrem algo familiar e agradável.
Maiden Cops
Historia - 7
Gameplay - 8.6
Gráficos - 7.5
Áudio e trilha-sonora - 8
7.8
Bom
Maiden Cops é um beat’em up que homenageia os clássicos dos anos 90 com pixel art vibrante e mesmo sendo relativamente curto, oferece algumas horas de diversão, especialmente para fãs de jogos retrô ou para partidas em coop de sofá.