Review: OverRider

Você já imaginou sair quebrando tudo num mundo futurista, hackeando os próprios inimigos no meio da luta para usar seus poderes contra outros capangas? Essa é a proposta de OverRider, um beat’em up com pegada roguelike, visual cyberpunk marcante e uma jogabilidade que mistura porrada clássica com mecânicas bem criativas. Mesmo em acesso antecipado, o jogo já mostra potencial para se destacar no gênero, principalmente por permitir que você entre no corpo dos inimigos e use suas habilidades em combate.

História

Você joga como Mayoi, mas a história não é tão simples quanto parece. Ela, na verdade carrega a consciência do irmão gêmeo, Ryuji, depois de um experimento maluco que envolveu ressuscitação e transferência de mente. Tudo isso aconteceu cerca de 200 anos depois de um mundo que colapsou. Agora, ela (ou ele?) acorda num futuro distorcido, tentando entender o que aconteceu, enquanto lida com uma organização misteriosa chamada Children of Tyche.

A narrativa é contada em estilo visual novel, com retratos dos personagens e arte muito bem feita. O visual chama atenção, mas a tradução ainda deixa a desejar, com alguns diálogos confusos e trechos que não funcionam tão bem. E aqui vale um aviso importante: OverRider não conta com localização em português, o que pode dificultar a compreensão da história para quem não domina o inglês. O que é uma pena, já que o enredo tem boas ideias e poderia ser melhor aproveitado com uma tradução de qualidade.

Gameplay

OverRider é um beat’em up com alma de roguelike e um diferencial bem legal: a possibilidade de hackear inimigos no meio do combate e lutar usando suas habilidades. Isso faz com que cada partida tenha um ritmo diferente, já que os inimigos viram literalmente personagens jogáveis. Você pode testar vários estilos e descobrir qual funciona melhor para cada situação.

Ao derrotar inimigos e avançar nas fases, você ganha melhorias e desbloqueia novas habilidades para os corpos que hackeia. Cada um deles tem seus próprios movimentos e ataques especiais como o Shinobi, que é ótimo à distância, ou o Mechanic, que ataca do ar. Há também um sistema de upgrades no “consultório” entre as tentativas, onde dá pra melhorar os personagens, instalar implantes e ganhar buffs que ajudam nas próximas tentativas.

O ritmo do jogo é rápido e divertido, mas alguns momentos podem parecer repetitivos. Certos cenários e inimigos se repetem bastante, e quando você hackeia vários iguais, a tela fica cheia de clones. Ainda assim, o sistema de posse e a variedade de golpes mantém o jogo interessante, especialmente para quem curte experimentar builds diferentes em cada tentativa.

Gráficos e Áudio

Visualmente, OverRider e bacana. Os personagens têm um traço marcante, tudo em 2D desenhado à mão, com uma estética bem cyberpunk cheia de luzes neon e detalhes futuristas. É um dos jogos mais bonitos do gênero nos últimos tempos.

Os cenários poderiam ser um pouco mais variados, mas ainda assim são bem feitos. A trilha sonora é agitada e combina com o clima do jogo, e os efeitos sonoros dão o impacto certo durante as lutas com espadas cortando o ar, granadas explodindo e sons metálicos quando armas se chocam.

Conclusão

OverRider ainda está em acesso antecipado, mas já mostra que tem algo especial. A mecânica de hackear inimigos é divertida, a arte é excelente, e o gameplay tem bastante potencial. Falta um pouco mais de variedade nos cenários e inimigos, e a tradução dos diálogos precisa de ajustes. O maior problema, no entanto, é a ausência de uma opção em português, o que pode afastar parte do público brasileiro interessado na história do jogo.

Para quem curte beat’em up, roguelike e quer testar algo diferente com cara de anime futurista, OverRider é uma boa pedida. E com futuras atualizações, incluindo um possível modo cooperativo, vale a pena ficar de olho.

#OverRider #keymailer

OverRider

Historia - 7.5
Gameplay - 8
Gráficos - 8
Áudio e trilha-sonora - 7.5

7.8

Bom

Mesmo com limitações típicas de um jogo em Early Access como repetição de cenários e falta de suporte ao português, OverRider entrega um gameplay criativo e divertido, com um sistema de posse de inimigos que realmente faz diferença. A direção de arte é excelente e o jogo tem muito potencial para crescer com futuras atualizações.

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