
Se você já sonhou em ser um pirata, escalar penhascos e atirar em esqueletos amaldiçoados, Pirates VR: Jolly Roger pode ser exatamente a sua praia ou sua caverna. Desenvolvido pela VRKiwi, o jogo foi avaliado aqui na versão de PlayStation VR2.
A aventura traz momentos divertidos, algumas frustrações e uma curiosidade que conto no final. Mas antes, vamos aos detalhes.
História
A história gira em torno da clássica busca por um tesouro perdido, neste caso, o lendário ouro de Davy Jones. Você assume o papel de um pirata solitário em uma jornada por cavernas, ilhas e ruínas esquecidas, sempre em busca de pistas que levam ao mistério final. A narrativa é simples e direta, mas cumpre bem seu papel dentro da proposta do jogo.

Entretanto, o começo da aventura pode ser um pouco frustrante. Logo no tutorial, o jogo te coloca em uma missão de montar uma picareta, mas uma das partes está escondida no fundo do mar e não é fácil de encontrar. Isso quebra o ritmo logo de cara, principalmente para quem espera um início mais dinâmico. É um detalhe que acaba interferindo na primeira impressão da história, já que esse trecho serve como introdução ao mundo e aos controles.
Gameplay
O gameplay é divertido e variado. Você nada, escala, resolve quebra-cabeças e enfrenta inimigos como ratos, caveiras e até um papagaio irritante que adora te provocar. O destaque vai para o sistema de escalada, que é intuitivo e fluido, funcionando muito bem no VR.

O combate surge um pouco mais adiante, com inimigos que assustam no início. Mas a sensação de pegar a pistola e explodir o crânio das caveiras é extremamente satisfatória.
Os quebra-cabeças são simples, mas funcionam bem com a proposta em realidade virtual. Alguns, no entanto, podem irritar, especialmente os que envolvem procurar peças escondidas em cavernas escuras.

Há trechos com desafios legítimos, como escaladas mais técnicas e minigames de arremesso de machado. Porém, os controles nem sempre colaboram. Arremessar machados exige uma precisão que o jogo nem sempre oferece e pegar objetos também pode se tornar um exercício de paciência.
Gráficos e Áudio
Visualmente, o jogo entrega o suficiente. Não impressiona tecnicamente, mas os cenários têm identidade, são imersivos e cumprem o papel de te colocar em uma aventura pirata. No início, tudo parecia um pouco embaçado, mas pode ter sido um problema de ajuste do headset ou só questão de costume.

Já o áudio é um dos pontos mais fracos do jogo. A trilha sonora é esquecível, sem nenhum tema que tenha me marcado ou que, pelo menos, ajude a reforçar o clima da aventura. O áudio ambiental também é inconsistente. Em alguns momentos, os sons parecem desalinhados com o que está acontecendo na tela. O mais incômodo é o som dos passos, que muitas vezes dá a impressão de que há alguém andando logo atrás de você, o que quebra totalmente a imersão.
Conclusão
Pirates VR: Jolly Roger é uma aventura que começa com alguns tropeços, controles que não colaboram e momentos frustrantes no tutorial, mas que consegue se recuperar com boas ideias e situações divertidas ao longo do caminho. A escalada intuitiva e o combate satisfatório garantem bons momentos, mesmo que a falta de um navio para explorar seja uma ironia para um jogo de piratas.
Se você curte jogos em VR e procura uma experiência leve, com desafios na medida certa, essa pode ser uma boa opção para embarcar. Não espere perfeição, mas espere diversão e um clima bacana de aventura.
Pirates VR: Jolly Roger
Historia - 7
Gameplay - 8
Gráficos - 7
Áudio e trilha-sonora - 6
7
Legal
Pirates VR: Jolly Roger é um jogo de pirata divertido e cheio de personalidade, com boa escalada e combate satisfatório, mas que tropeça em alguns controles falhos e uma soundtrack esquecível.