
Rift of the NecroDancer é o novo projeto da Brace Yourself Games que mistura o combate rítmico da série original com uma pegada mais tradicional de jogos musicais, como Guitar Hero. Cadence deixa os calabouços de Crypt of the NecroDancer para encarar um desafio musical, onde cada nota é um inimigo em movimento. O resultado é uma experiência criativa, intensa e recheada de conteúdo para quem curte música, desafios e uma boa dose de memória muscular.
História
Apesar de manter um tom leve e descompromissado. Cadence é jogada para outra dimensão através de uma fenda misteriosa e precisa lidar com monstros que invadiram esse novo mundo. Aos poucos, ela encontra velhos aliados e novos personagens enquanto busca entender a origem dos portais.

Cada capítulo segue uma estrutura clara: surgimento de uma nova fenda, encontro com um aliado, minigame temático e, por fim, uma batalha contra chefes. Não é uma trama profunda, mas há momentos cômicos e interações que tornam a jornada divertida o bastante para motivar o progresso.
Gameplay
O combate é baseado em pistas rítmicas com três botões principais. A diferença aqui é que cada “nota” é um inimigo que reage de forma única ao ritmo. Há slimes simples, esqueletos que recuam, morcegos que trocam de linha e muitos outros, o que obriga o jogador a decorar padrões e tomar decisões rápidas. O desafio aumenta conforme a música avança, e errar notas faz você perder vida, mas há formas de se curar e até ativar um modo temporário de invencibilidade.

O ritmo é frenético nas fases principais, mas o jogo equilibra isso com minigames criativos, como yoga e culinária, que funcionam como pausas leves entre os trechos mais intensos. Já os chefes utilizam uma estrutura diferente de gameplay, com comandos circulares e ritmo mais lento, mas não têm o mesmo impacto das fases normais.
O jogo oferece vários modos extras, como desafios diários, remixagem procedural e suporte a músicas personalizadas via Steam Workshop. Também há um modo de treino para aprender músicas específicas e um bestiário para entender o comportamento dos inimigos. Sendo um pacote completo para quem gosta de repetir músicas e superar seus próprios recordes.

Embora funcione com controle, o jogo claramente foi pensado para teclado. Os comandos com múltiplas teclas ao mesmo tempo, pouco intuitivos nos controles e podem frustrar nas dificuldades mais altas. Ainda assim, a precisão e o ritmo da jogabilidade compensam o esforço, especialmente para quem se acostuma com os padrões dos inimigos.
Gráficos e Trilha Sonora
Visualmente, Rift of the NecroDancer mantém o charme estilizado da série, com personagens carismáticos e animações vibrantes durante as músicas e minigames. Os efeitos visuais ajudam a manter a clareza mesmo nos momentos mais caóticos, e cada novo tipo de inimigo é fácil de identificar pelas cores e movimentos distintos.


A trilha sonora é, sem dúvida, o ponto mais alto do jogo. Compositores como Danny Baranowsky, Jules Conroy, Josie Brechner e Alex Moukala entregam uma coletânea eclética que vai do jazz ao rock pesado, do eletrônico ao piano dramático. Cada faixa parece cuidadosamente planejado com os desafios, e o sistema de monstros se adapta perfeitamente ao ritmo das músicas.
Conclusão
Com um sistema de combate rítmico original, toneladas de conteúdo e uma trilha sonora espetacular, Rift of the NecroDancer é um dos melhores jogos de ritmo dos últimos anos. Ainda que tenha pequenos tropeços nos chefes e controles, a experiência geral é bem divertida, sendo ideal tanto para veteranos do gênero quanto para quem quer algo diferente e desafiador.
Rift of the NecroDancer
Historia - 6
Gameplay - 8.8
Gráficos - 8.5
Áudio e trilha-sonora - 9.5
8.2
Muito Bom
Rift of the NecroDancer transforma o tradicional jogo de ritmo em um verdadeiro campo de batalha musical. Com trilhas marcantes e modos que incentivam a repetição, sendo uma experiência bem viciante.