Review: Spirit of the North II

Spirit of the North II é uma continuação que valoriza o silêncio, a contemplação e o vínculo com a natureza. A Infuse Studio expandiu o universo do primeiro jogo e entregou uma jornada mais aberta e simbólica, mantendo o foco em uma experiência emocional em vez de ação direta.

A aventura da raposa ganha novas camadas com a presença de um companheiro corvo, seis regiões distintas para explorar e uma mitologia mais profunda. É um jogo para quem busca tranquilidade, mistério e momentos de reflexão.

História

A narrativa segue o estilo do jogo original, sem falas ou textos diretos. O jogador é levado a compreender o mundo através de murais, ruínas e símbolos. É uma narrativa ambiental que funciona bem dentro da proposta, embora alguns momentos possam soar vagos ou abstratos demais para alguns perfis de jogador.

Gameplay

O jogo se desenrola em seis regiões abertas, com liberdade total de exploração. Em vez de objetivos marcados, o jogador é guiado pela curiosidade e pelos detalhes no ambiente. As áreas escondem masmorras, criptas, desafios submersos e puzzles simbólicos que recompensam a observação e a paciência.

Há um sistema de habilidades simples, mas funcional, que permite melhorar resistência, vida e outras capacidades da raposa e do corvo. A personalização da raposa com pelagens inspiradas em espécies reais, seres míticos e criações da comunidade é um toque agradável. Um comerciante guaxinim também oferece itens e runas úteis para a aventura.

Gráficos e Trilha Sonora

O jogo impressiona visualmente, com ambientes deslumbrantes, belos efeitos de luz e um ciclo de estações que transforma cada região com o tempo. O modo foto é uma ótima adição, permitindo capturas artísticas. Há um cuidado estético claro, mesmo que alguns elementos pareçam estáticos ou pouco interativos.

A trilha é atmosférica e sensível, aparecendo nos momentos certos para acentuar a emoção ou o silêncio. Funciona bem como extensão do cenário. No entanto, em certos trechos, o design sonoro poderia ser mais detalhado, como os sons como os passos da raposa ou seu esforço físico são quase inexistentes, o que enfraquece um pouco a imersão.

Apesar de ter gráficos bonitos e boa trilha sonora, o jogo apresenta alguns problemas técnicos. A câmera se comporta mal em certos cenários, o modo foto falha ocasionalmente e há pequenos carregamentos perceptíveis ao transitar entre regiões. Não são erros graves, mas quebram o ritmo de uma experiência que depende justamente da imersão constante. Com atualizações, esses pontos podem ser corrigidos.

Conclusão

Spirit of the North II é mais uma jornada sensível do que um jogo tradicional. Ele convida o jogador a desacelerar e observar o mundo ao seu redor, recompensando a paciência com paisagens marcantes e momentos de conexão emocional. Não é um título para todos os gostos, mas, para quem procura uma experiência diferente, contemplativa e simbólica, há muito valor aqui.

Spirit of the North II

Historia - 6
Gameplay - 7
Gráficos - 6.5
Áudio e trilha-sonora - 6

6.4

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Spirit of the North II é uma aventura contemplativa e simbólica que aposta na exploração e na emoção silenciosa. Mesmo sendo uma experiência interessante, seu estilo pode não agradar a todos.

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