Review: Star Wars Outlaws – Switch 2

Após passar algum tempo em uma galáxia muito, muito distante, fica claro que a Ubisoft fez um port realmente impressionante, mostrando mais uma vez que o Nintendo Switch 2 chegou e está pronto para receber títulos de peso. A aventura de Kay Vess e Nix desembarca no console com toda a sua grandeza, trazendo planetas variados, combates intensos e perseguições em um portátil que literalmente cabe na palma da mão e ainda consegue entregar experiências de mundo aberto complexas e detalhadas, mas não podemos deixar de falar do “elefante na sala”. O que a Ubisoft precisou sacrificar para o jogo rodar de forma polida no Switch 2. Nesta review, vamos explorar todos esses pontos, do desempenho técnico à narrativa, passando pela jogabilidade e pelos detalhes que fazem deste port uma experiência completa e digna de destaque.

História

Você assume o papel de Kay Vess, uma jovem contrabandista que se vê perseguida após um roubo que deu errado. Ao seu lado estão Nix, um companheiro criativo e afetuoso, e ND‑5, o dróide rabugento que rouba a cena em cada interação. A narrativa é focada na sobrevivência, na construção de uma equipe e nas escolhas que moldam a relação com facções rivais. Cada decisão tem consequências, podendo abrir portas com algumas gangues e criar problemas com outras, gerando um sistema de notoriedade que impacta diretamente o progresso da aventura.

Gameplay

A jogabilidade de Star Wars Outlaws é variada e equilibrada, misturando exploração em mundo aberto, combates dinâmicos e missões furtivas. A exploração é o ponto alto do título, permitindo viajar por cinco planetas distintos. Tashara apresenta vastas planícies para perseguições de speeders em alta velocidade, enquanto Tatooine oferece desertos áridos e cidades densamente povoadas, cheias de NPCs com rotinas próprias, comerciantes e vida selvagem.

As missões combinam stealth e ação, permitindo diferentes abordagens. Guardas e inimigos possuem padrões variados e alarmes podem transformar uma infiltração em um tiroteio intenso, exigindo improvisação constante. As habilidades de Kay e Nix oferecem versatilidade, distrações, hackeamentos e manipulação de objetos ambientais. O sistema de reputação faz com que suas escolhas impactem futuras missões, abrindo vantagens ou criando emboscadas, mantendo o jogador sempre atento.

No Switch 2, o desempenho se mantém sólido durante boa parte do gameplay. Em dock, o jogo roda com resolução interna em 720p e chega a 1440p via DLSS, travado em 30 fps. No portátil, a resolução interna cai para 540p com saída em 1080p, também com DLSS. A performance é estável, e mesmo em momentos de combate intenso ou exploração em cidades lotadas, as quedas de frames são pequenas e não prejudicam a jogabilidade. O console ainda conta com VRR e LFC em modo portátil, suavizando variações e deixando a experiência mais agradável.

O que impressiona é que, mesmo com esses ajustes, o jogo mantém efeitos como ray tracing para reflexos, iluminação global (RTGI) e sombras dinâmicas. Isso dá muito mais vida às superfícies metálicas e cenários urbanos, algo raro de se ver em hardware portátil. Há, claro, algumas exceções como menos densidade de vegetação em áreas abertas, alguns pop-in ocasional em planetas como Aka e texturas simplificadas em objetos secundários, porem nada que tire o brilho do game.

Gráficos e Desempenho

Visualmente, Star Wars Outlaws é um dos jogos mais bonitos disponíveis no Switch 2. O uso de DLSS é fundamental para manter a nitidez tanto na dock quanto no portátil, e a direção de arte ajuda a compensar as inevitáveis perdas de detalhe em comparação com consoles mais potentes.

Em termos técnicos:

  • Dock: 720p internos → 1440p via DLSS, 30 fps estáveis.
  • Portátil: 540p internos → 1080p via DLSS, 30 fps estáveis, com suporte a VRR/LFC.
  • Ray Tracing: mantém reflexos em superfícies metálicas e iluminação global.

Outro ponto positivo é que, mesmo em sua versão portátil, o jogo mantém RTGI, reflexos em ray tracing e nuvens volumétricas, algo que parecia impensável na geração anterior do console. Claro, há algumas concessões, como o pop-in em planetas mais abertos como Tatooine, a redução de NPCs em certas áreas e até menos detalhes nos cabelos de Kay, mas nada disso chega a atrapalhar durante a Ação. Além disso, o tamanho total do jogo no Switch 2 é de cerca de 22 GB, o que reforça o nível de otimização aplicado pela Ubisoft.

Por fim um recurso que faz toda a diferença é o cross-save, que permite continuar sua campanha em qualquer lugar desde que a conta esteja vinculada. Isso amplia ainda mais o apelo do Switch 2 como console híbrido, já que você pode jogar em casa em outro sistema e seguir a aventura no portátil sem perder progresso.

Conclusão

Star Wars Outlaws no Switch 2 é um marco para o console. Mais do que apenas um bom port, ele prova que a plataforma pode receber jogos de grande escala sem precisar abrir mão da qualidade essencial. A Ubisoft conseguiu equilibrar concessões técnicas e manter elementos de ponta.

É uma aventura divertida, variada que captura o espírito de Star Wars sem depender de sabres de luz ou da Força. Para quem esperava um título de peso na biblioteca do Switch 2, Outlaws não só entrega como eleva o padrão do que esperar daqui em diante.

Star Wars Outlaws

Historia - 9
Gameplay - 9
Gráficos - 9
Áudio e trilha-sonora - 9

9

Espetacular

Star Wars Outlaws no Switch 2 mostra que a Ubisoft fez um trabalho impressionante ao adaptar um jogo dessa escala para o novo hardware. Com visuais legais, suporte a ray tracing, desempenho estável e cross-save, o jogo entrega uma experiência robusta tanto na TV quanto no modo portátil. Pequenos cortes gráficos e pop-in não atrapalham a diversão, consolidando o título como uma das melhores adaptações já feitas para a plataforma até o momento.

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