
Train Sim World VR: New York traz a experiência de conduzir trens para a realidade virtual, colocando você no comando de uma composição na linha Harlem, em Nova York. Com um equilíbrio entre simulação e elementos mais arcade, o jogo chega ao Meta Quest 2 com a promessa de ser acessível tanto para fãs hardcore quanto para quem está começando. Mas será que vale a pena?
História
O jogo não apresenta uma história tradicional ou narrativa. O foco principal está na simulação da experiência de conduzir trens na linha Harlem, em Nova York. Portanto, não espere missões com enredo ou desenvolvimento de personagens. Aqui, o objetivo é a imersão na pilotagem e nos desafios operacionais do dia a dia do maquinista.
Gameplay
Logo ao começar, você é recebido em um apartamento virtual, com vista para a cidade, onde acessa as missões pelo menu da televisão. É uma introdução simples que ajuda quem nunca dirigiu um trem a se situar.

Na linha Harlem, recriada em escala 1:1, você dirige dois modelos reais licenciados pela MTA: o M3A e o M7A. Apesar dos painéis parecerem complexos, a interação é limitada. Muitos botões e alavancas são apenas decorativos. Você opera o essencial: ligar o trem, abrir as portas, controlar a velocidade e usar a buzina.
As missões consistem em manter a velocidade correta, buzinar para trabalhadores, parar nas estações e cumprir horários. O começo é interessante, mas rapidamente as tarefas se tornam repetitivas. O modo livre permite caminhar pelas estações e explorar, mas não adiciona muito conteúdo para manter o interesse a longo prazo.

Embora o jogo tente tornar a simulação acessível com uma campanha baseada em pontos e objetivos, a interação dentro da cabine é limitada. O que poderia ser uma experiência imersiva fica restrito a puxar uma alavanca para frente e para trás por bastante tempo.
Gráficos e desempenho
No Meta Quest 2, o desempenho é estável, o que é importante para evitar desconforto em VR. Porém o visual deixa a desejar. Texturas pouco definidas, cenários com pop-in e sensação de vazio prejudicam a imersão. O som é básico e limitado aos barulhos do trem e buzina, sem música ambiente na cabine.




Outro ponto é a falta de um sistema de ajuste fino de posição no VR, o que pode causar desconforto. Para encontrar o ângulo certo, o jogador precisa usar o botão de recentralização do próprio headset, o que atrapalha a fluidez.
Conclusão
Train Sim World VR: New York tem uma base sólida com controles funcionais, cabine em escala realista e a experiência de conduzir um trem por Nova York. A equipe fez um bom trabalho adaptando para VR, com sessões mais curtas, sistema de pontuação estilo arcade e parceria com a MTA para o realismo da linha.
Mas falta profundidade. O jogo arranha a superfície do que um simulador em VR pode oferecer. Mais interações, eventos dinâmicos ou sistemas adicionais fariam diferença. No estado atual, serve como uma introdução simplificada ao gênero, mas não entrega o nível de complexidade esperado.
Se você gosta da ideia de dirigir trens em VR e quer apenas relaxar, o jogo oferece algo para isso. Porém para quem busca uma experiência rica e duradoura, o conteúdo limitado e apresentação básica dificultam recomendar, ainda mais pelo preço atual.
Train Sim World VR: New York
Replay - 6
Gameplay - 7
Gráficos - 5.8
Áudio e trilha-sonora - 5
6
Legal
Train Sim World VR: New York acerta ao trazer a simulação de conduzir trens para a realidade virtual com uma interface acessível e ambientação fiel à linha Harlem. A experiência de pilotar os modelos M3A e M7A é interessante no início, mas a falta de profundidade, interatividade limitada e visuais simplificados tornam o jogo repetitivo rapidamente. Apesar disso, o jogo pode agradar quem busca algo mais relaxante e casual em VR, mas fica aquém para quem espera uma simulação mais rica e envolvida.