
Desenvolvido pela PikPok, Into the Dead: Our Darkest Days é um side-scroller de sobrevivência ambientado no Texas dos anos 80, onde uma cidade tomada por zumbis obriga um grupo de pessoas comuns a fazer o impossível. Apostando em uma jogabilidade estratégica, um clima opressivo e decisões difíceis para entregar uma experiência intensa e emocional, mesmo ainda em estágio de acesso antecipado.
História
Em Walton City, o surto zumbi pegou todos de surpresa. O governo orienta a população a permanecer em casa, mas quem segue esse conselho não sobrevive por muito tempo.
A proposta do jogo não é contar uma narrativa tradicional, mas sim permitir que o jogador construa sua própria história com base em decisões difíceis e consequências permanentes. Cada escolha sobre quem entra para o grupo, quem descansa e quem se arrisca afeta o destino da equipe. Não há protagonistas ou antagonistas definidos, apenas sobreviventes tentando resistir mais um dia.

Gameplay
A jogabilidade gira em torno de três pilares principais: gerenciamento de abrigo, exploração e sobrevivência. Você começa com dois personagens aleatórios, cada um com dois traços positivos e um negativo. Essa combinação afeta diretamente o estilo de jogo e exige planejamento constante. Um personagem pode ser excelente em medicina, mas relutante em lutar. Outro pode ser habilidoso com armas brancas, mas mentalmente instável.

Durante as fases de dia e noite, cada ação consome tempo e energia, o que força decisões rápidas. Já o combate direto é sempre arriscado, e o sistema de durabilidade das armas exige economia e improviso. O ideal é sempre agir de forma furtiva, evitando confrontos sempre que possível.

O estado emocional dos sobreviventes também é um fator crítico. Fome, cansaço, traumas e desesperança influenciam diretamente o rendimento do grupo. Ignorar esses fatores pode levar à decadência emocional e até ao desaparecimento de membros.
Apesar das qualidades, o jogo ainda possui limitações visíveis. Não há sistema de evolução para os personagens, a personalização dos abrigos é limitada e algumas decisões narrativas são lineares. Ainda assim, o que está disponível já forma uma base sólida para uma experiência de sobrevivência intensa.
Gráficos e Áudio
Visualmente, Our Darkest Days impressiona. A estética 2.5D combina elementos retrô com ambientações sombrias e decadentes, refletindo bem o clima de colapso.
Já na parte da trilha sonora ela é sutil, os efeitos ambientes e os sons dos zumbis criam uma atmosfera pesada e constante. A atuação de voz é mínima, mas usada de forma correta para dar personalidade aos momentos chave.



Conclusão
Mesmo em acesso antecipado, Into the Dead: Our Darkest Days já demonstra um enorme potencial. Possuindo uma base forte, com mecânicas de sobrevivência que focam menos na ação e mais na gestão de recursos, nas relações humanas e no desgaste psicológico e mesmo com falta de alguns sistemas, como personalização dos abrigos e evolução dos personagens, o jogo já consegue entregar momentos marcantes e desafiadores.