
Sim, a gente sabe… demoramos um pouco, mas ela está aqui. Durante o teste aberto de Wildgate, tivemos a oportunidade de mergulhar nesse multiplayer espacial caótico da Moonshot Games e posso dizer com segurança que me diverti bastante. É verdade que algumas coisas ainda precisam de balanceamento e em certos momentos, o jogo pode causar uma boa dose de frustração. Mas mesmo nessas horas, a experiência ao lado de amigos consegue ser mais divertida do que parece. Pilotar uma nave, consertar sistemas em chamas e tentar sobreviver em meio a tiroteios espaciais é algo que rende partidas bem memoráveis.
História

Durante a preview o game não focou em uma narrativa bem elaborada, mas apresenta um pano de fundo interessante que serve como base para a ação. Times de quatro Prospectores exploram uma região espacial misteriosa chamada The Reach em busca de um artefato valioso, com o objetivo de escapar por um portal chamado Wildgate. Pode ser que com as atualizações e com o lançamento do game isso venha a ser diferente, mas de início é isso, um plano de fundo que existe para justificar as equipes se enfrentando por loot, sobrevivência e pela glória de levar o artefato para casa.
Gameplay
As partidas de Wildgate colocam até 20 jogadores divididos em cinco equipes. Cada equipe comanda uma nave própria, que serve como ponto de respawn e centro de todas as ações. Ao contrário de jogos em que a movimentação é automatizada, aqui a nave precisa ser pilotada manualmente, exigindo que um jogador fique no comando enquanto os demais cuidam das torretas, escudos, sondas de reconhecimento, reparos e sistemas internos.

O mapa de cada partida é gerado de forma aleatoria, o que garante que os pontos de interesse nunca estejam no mesmo lugar. Isso força cada time a tomar decisões diferentes a cada nova partida, seja optando por buscar loot cedo, explorar estruturas abandonadas ou partir direto em busca do artefato. Há estações com desafios contra IA, cavernas espaciais, naves derretidas e outros locais que escondem melhorias valiosas. Esses upgrades vão desde armas mais fortes para a nave, como railguns ou lançadores de múltiplos tiros, até sistemas defensivos como escudos de sobrecarga, supressores de incêndio e alarmes automáticos.
Cada jogador controla um Prospector com habilidades únicas, e embora o jogo não siga a linha tradicional de hero shooter, a composição do time pode fazer diferença. Alguns personagens são melhores para pilotar ou manter a nave funcionando, outros se destacam em combate direto e sabotagens. O Morph, por exemplo, é um dos mais populares por conseguir se mover invisivelmente enquanto invade naves inimigas, criando um caos interno que pode virar o rumo da partida.

A variedade de naves também influencia bastante na estratégia. Algumas são mais ágeis e fáceis de manobrar, ideais para quem prefere abordagens rápidas e agressivas. Outras são verdadeiros tanques voadores, difíceis de derrubar, mas lentas e vulneráveis a ataques coordenados.
Já na parte da coleta do artefato funciona como o gatilho final. Assim que ele é encontrado, todos os times são alertados e podem ver sua posição no mapa e quem está com ele vira o alvo de todos os outros. Criando um ciclo infernal, onde escapar pelo portal se torna cada vez mais difícil à medida que os minutos finais se aproximam.

Gráficos e Trilha Sonora
Wildgate impressiona visualmente com uma direção de arte que mistura ficção científica com um toque de desenho animado. As naves têm ótimo nível de detalhe, os efeitos de explosão, fogo e despressurização durante os combates são bem trabalhados e os ambientes espaciais criam um clima imersivo que combina bem com o estilo do jogo.




A trilha sonora cumpre seu papel com competência. As músicas acompanham o ritmo das partidas, com tons mais leves durante a exploração e batidas mais pesados durante o combate. Os efeitos sonoros, em especial, merecem destaque. Desde o barulho dos sistemas falhando dentro da nave até os alarmes de invasão, tudo contribui para o clima de urgência e desespero quando as coisas começam a dar errado.
Conclusão
Wildgate mostra que tem potencial para conquistar uma base sólida de jogadores. A proposta de partidas caóticas com foco em cooperação entre tripulantes, combate dinâmico e exploração espacial consegue entregar uma experiência diferente do que se vê na maioria dos shooters atuais. A estrutura PvPvE funciona bem, as naves são divertidas de pilotar e a imprevisibilidade de cada partida é um dos pontos que mais prende o jogador.
Ainda é cedo para saber como o público vai reagir ao jogo completo e se o conteúdo pós-lançamento será suficiente para manter o interesse da comunidade. Mas se depender do que vimos até agora, Wildgate tem tudo para ser uma das surpresas mais criativas do ano.